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EUA têm cerca de 900 casos de racismo e xenofobia após eleição

A ONG registrou 867 casos de incitação ou intimidação nos dez dias que se seguiram à vitória de Trump, em 8 de novembro

Ódio: "Muitos autores (destes atos) evocaram o nome de Trump durante os ataques, o que indica claramente que a onda de ódio se relaciona com o êxito eleitoral do republicano" (Chip Somodevilla/Getty Images)

Ódio: "Muitos autores (destes atos) evocaram o nome de Trump durante os ataques, o que indica claramente que a onda de ódio se relaciona com o êxito eleitoral do republicano" (Chip Somodevilla/Getty Images)

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AFP

Publicado em 29 de novembro de 2016 às 22h18.

Nos dez dias que se seguiram à eleição do republicano Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, foram registrados cerca de 900 incidentes racistas ou xenófobos em todo o país, segundo um relatório divulgado nesta terça-feira.

"Não tenho nenhuma dúvida de que (os dados) são inferiores à realidade", comentou Richard Cohen, presidente da associação de monitoramento Southern Poverty Law Center.

"Em muitas ocasiões, aqueles que nos informam sobre atos de ódio indicam que nunca tinham visto algo assim antes", afirmou.

A ONG registrou 867 casos de incitação ou intimidação nos dez dias que se seguiram à vitória de Trump, em 8 de novembro, em parte pela sedução produzida por seu discurso anti-imigração, anti-muçulmano e sexista. Os episódios se repetem.

"Muitos autores (destes atos) evocaram o nome de Trump durante os ataques, o que indica claramente que a onda de ódio se relaciona com o êxito eleitoral do republicano", assegura o informe.

Na maioria dos casos, tratam-se de pichações e agressões verbais, embora também tenham sido registradas agressões físicas violentas. Vários incidentes foram contra imigrantes e negros.

Os casos ocorreram em quase todos os estados do país, com a Califórnia na frente (99 casos), em escolas, muros de uma igreja, portas de sinagogas, ruas e sobre veículos.

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