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EUA têm capacidade para desafiar ameça militar da China, diz Pompeo

O secretário de Estado dos EUA reiterou a alegação de que os chineses esconderam a gravidade da covid-19 e pressionaram a OMS

Mike Pompeo: o americano também advertiu a Europa para o risco de se aproximar do país asiático (AFP/AFP)

Mike Pompeo: o americano também advertiu a Europa para o risco de se aproximar do país asiático (AFP/AFP)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de junho de 2020 às 21h30.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, aproveitou a participação em um fórum virtual sobre democracia, na Dinamarca, para voltar a tecer duras críticas à China e alertar Pequim sobre o poderio militar americano. "Acreditamos que é uma responsabilidade real garantir que tenhamos a capacidade de desafiar qualquer ameaça militar que o Partido Comunista da China venha a impor aos EUA", disse.

Pompeo reiterou a alegação de que os chineses esconderam a gravidade do coronavírus e pressionaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) a ajudá-los nos esforços para acobertar a real situação da doença. "Ainda não temos todas as informações sobre a covid-19", afirmou.

O americano também advertiu a Europa para o risco de se aproximar do país asiático. Segundo ele, a China está determinada em criar rixas entre os EUA e a União Europeia e também com países em desenvolvimento. Na visão dele, depender dos chineses pode significar abandonar "quem nós somos". "Democracias dependentes de autoritários não são dignas desse nome", pontuou

Pompeo argumentou que todos os investimentos vindos da segunda maior economia do planeta devem ser vistos com suspeição e destacou que o governo de Donald Trump está engajado em uma resposta agressiva aos chineses. "Estamos avaliando os mecanismos para responsabilizar a China", ressaltou.

Sobre Hong Kong, o secretário de Estado disse que os EUA passarão a tratar o território da mesma maneira que Pequim, após a imposição da lei de segurança nacional na cidade.

Ele acrescentou que vai "monitorar de perto" as eleições legislativas no território marcadas para setembro. Além disso, defendeu que Taiwan participe da próxima Assembleia Mundial da Saúde, nem que seja como observador.

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