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Publicado em 23 de agosto de 2023 às 18h11.
Comércio dos EUA, Gina Raimondo, à China. A medida foi amplamente vista como um gesto de boa vontade de Washington com o lado chinês. O Departamento de Comércio dos EUA fez o anúncio na segunda-feira, 21 de agosto. As 27 entidades chinesas foram retiradas da “lista não confirmada”, que inclui empresas que fabricam produtos químicos, a fabricante de materiais para baterias de lítio Guangdong Guanghua Science and Technology Co. e a fabricante de sensores Nanjing Gohua Technology Co.
Raimondo visitará a China na próxima semana, durante o período de 27 a 30 de agosto, a convite do Ministro do Comércio da China, Wang Wentao.
Será a quarta visita de uma autoridade sênior dos EUA à China desde junho de 2023. Os visitantes anteriores dos Estados Unidos à China foram o Secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, a Secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o enviado especial de assunto climático, John Kerry.
As empresas foram retiradas da lista depois de passarem por inspeções de uso final, disse um comunicado da Agência de Indústria e Segurança do Departamento de Comércio dos EUA, que afirmou ter feito isso porque pôde determinar que essas entidades chinesas tinham “legitimidade e confiabilidade”.
As empresas que estão na “lista não confirmada” devem solicitar uma licença do Departamento de Comércio dos EUA se quiserem comprar produtos de empresas ou organizações norte-americanas, caso contrário, serão consideradas infratoras da lei, e tanto as empresas norte-americanas quanto as chinesas poderão ser penalizadas por isso.
Segundo a Bloomberg, entre as entidades chinesas que foram retiradas desta lista estão duas universidades e várias empresas de tecnologia. Além disso, há empresas da Indonésia, Paquistão, Singapura, Turquia e Emirados Árabes Unidos.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse na terça-feira que a China vê a remoção das entidades chinesas da “lista não confirmada” é um gesto bem vindo e com bons olhos. Isso mostra que “os dois lados podem resolver preocupações específicas por meio da comunicação com base no respeito mútuo”.
“A China continuará a proteger firmemente os direitos e interesses legítimos das empresas e instituições chinesas”, disse Wang.
Os especialistas interpretaram a decisão do governo dos EUA como um sinal positivo de que Washington está interessado em se envolver com a China para identificar algumas das questões comerciais entre os dois lados, disse um artigo publicado na terça-feira no Global Times, um tabloide de propriedade do jornal oficial chinês People’s Daily.
O Ministério do Comércio da China também disse na terça-feira que, por meio dos esforços conjuntos dos EUA e da China, 27 entidades chinesas foram retiradas da “lista não confirmada”, o que é benéfico para a retomada do comércio normal entre os dois países e está de acordo com os interesses comuns dos dois países.
Em fevereiro do ano passado, o Departamento de Comércio dos EUA adicionou 33 entidades chinesas à lista, dizendo que “o Departamento não conseguiu determinar a ‘legitimidade’ dessas entidades chinesas” e como elas usariam os produtos adquiridos a partir das exportações dos EUA.
De acordo com o jornal chinês Global Times, Gao Lingyun, pesquisador do Instituto de Economia e Política Mundial da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que esperava que o lado americano suspendesse as altas tarifas cobradas sobre certos produtos da China e outras medidas restritivas impostas durante a presidência de Trump, que tornaram a relação que já é bastante tensa entre EUA e a China ainda mais tensa. “Acreditamos que o diálogo é a melhor maneira de resolver os desacordos”, acrescentou Gao Lingyun.