Mundo

EUA se une na ONU com países que exigem renúncia de Assad

Os EUA intensificaram os contatos com os países europeus e árabes que concordam que o líder da Síria, Bashar al Assad, precisa abandonar o poder


	Presidente sírio, Bashar al-Assad
 (Sana/Handout via Reuters)

Presidente sírio, Bashar al-Assad (Sana/Handout via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de setembro de 2015 às 21h46.

Nova York - Os Estados Unidos intensificaram nesta segunda-feira os contatos com os países europeus e árabes que concordam que o líder da Síria, Bashar al-Assad, precisa abandonar o poder para que a paz seja alcançada no país, embora Irã e Rússia rejeitem a ideia.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, se reuniu hoje em Nova York com os ministros das Relações Exteriores de Reino Unido, França, Alemanha, Arábia Saudita, Jordânia e Turquia, segundo informou a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby.

Na reunião, focada na Síria, "os participantes falaram de ideias para facilitar um ímpeto diplomático renovado e crível que possa permitir um fim ao conflito e permitir aos sírios traçar um futuro pacífico sem Al Assad", indicou Kirby.

"Todos os participantes concordaram em continuar a se reunir, inclusive a outros aliados, em meio à Assembleia Geral da ONU", acrescentou o porta-voz.

A reunião aconteceu pouco antes de o presidente americano, Barack Obama, se reunir pela primeira vez em dois anos com o colega russo, Vladimir Putin, para conversar sobre Ucrânia e Síria, conflito sobre sobre o qual ambos têm posições divergentes.

Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Obama argumentou hoje que os "Estados Unidos estão preparados para trabalhar com todos os países, inclusive Rússia e Irã, para resolver o conflito" na Síria.

Tanto Rússia como Irã apoiam o regime de Al Assad em Damasco, o que nos últimos anos fez com que os Estados Unidos tivessem uma cooperação limitada com a Rússia sobre a Síria e nula com o Irã, país com o qual também carece de relações diplomáticas.

No encontro sobre a Síria liderado hoje por Kerry, os ministros "se mostraram de acordo que é necessária uma ação internacional organizada para colocar um fim ao conflito sírio", segundo Kirby.

Kerry abordou com seus colegas os "recentes esforços para aumentar o tempo e a intensidade das operações contra o Estado Islâmico (EI) na Síria", além de "repassar os fatos recentes sobre a decisão russa de aumentar sua presença militar na Síria".

Logo depois dessa reunião, Kerry se reuniu com o colega russo, Sergey Lavrov, pela segunda vez em 24 horas para preparar o encontro entre Obama e Putin, no qual Washington espera obter mais informação sobre os objetivos da renovada mobilização militar russa na Síria.

Acompanhe tudo sobre:PolíticosPaíses ricosEstados Unidos (EUA)SíriaBashar al-Assad

Mais de Mundo

'Estamos à beira de um acordo de paz em Gaza', diz secretária das Relações Exteriores do Reino Unido

Protesto contra ofensiva de Israel em Gaza reúne entre 60 mil pessoas em Berlim

Venezuela realiza exercícios com a população para enfrentar terremotos e 'ameaça' dos EUA

Após ter visto revogado pelos EUA, Petro diz que 'não se importa' e que é 'livre no mundo'