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EUA se preparam para chegada do furacão Irene

O furacão perdeu força e caiu para a categoria 2

Nuvens carregadas são vistas sobre o Empire State Building, em Nova York: cidade deve ser atingida pelo furacão no domingo (Timothy A. Clary/AFP)

Nuvens carregadas são vistas sobre o Empire State Building, em Nova York: cidade deve ser atingida pelo furacão no domingo (Timothy A. Clary/AFP)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2011 às 13h03.

Hatteras - Os americanos se preparavam nesta sexta-feira para a chegada do furacão Irene que, depois de fazer cinco mortos em sua passagem pelo Caribe, caiu para categoria 2 na escala de Saffir-Simpson (que vai até 5), com ventos de 175 km/h. O Centro Americano e Furacões (NHC), no entanto, prevê o aumento da sua força até sábado.

Às 9h GMT desta sexta, o olho do ciclone se localizava na Flórida, a 675 km de Cap Haterras (Carolina do Norte), e avançava para o norte com uma velocidade de 22 km/h, segundo o último boletim do NHC.

Com esta trajetória, o furacão deverá atingir na manhã de sábado o litoral dos Estados Unidos e, domingo, Nova Iorque. Irene poderá provocar uma tempestade extremamente perigosa, com ventos de 153 km/h e aumento de 3 à 4 metros do volume das águas, segundo os serviços meteorológicos americanos.

As autoridades dos estados da Carolina do Norte até Nova Iorque decretaram estado de urgência, e milhares de pessoas receberam ordens para saírem da região costeira.

"As pessoas precisam compreender que não há tempo e que elas precisam estar prontas", alertou o chefe da Agência Federal de Situações de Risco, Craig Fugate. Atualmente, 65 milhões de pessoas vivem em zonas ameaçadas pela passagem do furacão.

As autoridades do condado de Dare, na Carolina do Norte, onde vivem 180.000 pessoas, já advertiram que os serviços de emergência não atenderão os que ignorarem as ordens de evacuar a região.

"Se você escolher ficar, nós não poderemos forçá-lo a sair, mas vocês vão se expor a condições extremas", alertou Kelly Daves, administrador do condado de Dare.

A inauguração do Memorial Martin Luther King, que deveria acontecer no domingo em Washington, será adiada em função do furacão. Mais de 200.000 pessoas eram esperadas e o presidente Barack Obama deveria discursar durante a cerimônia.

Se o Caribe está acostumado com a violência desses fenômenos naturais, o noroeste dos Estados Unidos normalmente escapa dessas situações. O furacão Gloria, em 1985, foi o último a afetar Nova Iorque. A cidade, por outro lado, sofreu esta semana com um tremor de terra, muito raro na região.

O prefeito da cidade, Michael Bloomberg, ordenou na quinta-feira a evacuação de hospitais e asilos e recomendou que os nova-iorquinos estocassem produtos de primeira necessidade, com a possibilidade da chegada do furacão no domingo.

"Se você tiver um carro e morar em uma zona inundável, siga para as colinas e coloque suas coisas em lugares altos", aconselhou.

O prefeito não excluiu a evacuação de algumas áreas vulneráveis do Brooklyn, no Queens, Staten Island e do sul de Manhattan. Uma decisão deve ser tomada no sábado de manhã. Nova Jersey já ordenou a evacuação de 750.000 de pessoas que vivem no Cap May. Ele ainda afirmou que não existe risco de desabamentos de prédios.

"Os grandes imóveis foram projetados para suportarem ventos muito violentos, mas eventuais estragos em prédios antigos podem ocorrer", alertou.

A rede ferroviária Amtrack suspendeu todas as linhas no sul de Washington e as autoridades federais estocaram de alimentos e milhões litros de água para as pessoas evacuadas.

O exército afirmou que 98.000 membros da Guarda Nacional estão preparados para intervir caso necessário. A marinha enviou todos os navios do porto de Hampton Roads (Virgínia) para o mar.

Até o momento, Irene fez pelo menos cinco mortos, no Haiti, República Dominicana e Porto Rico, onde já causou estragos de mais de 500 milhões de dólares, segundo o governador Luis Fortuno.

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