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EUA se dizem muito "preocupados" com projeto nuclear no Irã

País persa não fornece à agência nuclear da ONU as informações necessárias sobre o projeto de uma usina nuclear

Embaixador dos Estados Unidos na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Joseph Macmanus, discursa durante encontro em Viena, na Áustria  (Heinz-Peter Bader/Reuters)

Embaixador dos Estados Unidos na Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Joseph Macmanus, discursa durante encontro em Viena, na Áustria (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 12h32.

Viena - Os Estados Unidos disseram nesta quarta-feira que estão "profundamente preocupados" com os planos do Irã de lançar um reator de água pesada em 2014, ao mesmo tempo em que não fornece à agência nuclear da ONU as informações necessárias sobre o projeto da usina.

Diplomatas ocidentais e especialistas no assunto dizem que o reator de Arak poderia produzir plutônio para bombas nucleares se o seu combustível gasto for reprocessado, algo que o Irã diz que não tem intenção de fazer. A República Islâmica diz que a fábrica vai produzir isótopos para medicina e agricultura.

A Agência Internacional de Energia Atômica da ONU (AIEA) diz que o Irã tem de lhe fornecer com urgência os dados do projeto sobre a instalação e alerta que se, isso não for feito, será afetada a capacidade de seus inspetores de monitorar o local de forma eficaz.

"Estamos profundamente preocupados, pois o Irã afirma que o reator de água pesada IR-40, em Arak, poderia ser ativado logo no início de 2014, mas ainda se recusa a fornecer as informações necessárias sobre o projeto do reator", disse o embaixador dos EUA Joseph Macmanus, em uma reunião do Conselho da AIEA, formado por 35 nações.

Ele citou as regras da AIEA, segundo as quais um Estado-membro deve informar a agência, com sede em Viena, sobre uma instalação nuclear, e dar detalhes do projeto, assim que decide construí-la.

"A recusa do Irã em cumprir essa obrigação básica deve, necessariamente, levar à pergunta sobre se o Irã está buscando novamente atividades nucleares secretas", disse Macmanus.

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