Mundo

EUA se comprometem a reduzir emissões de 26% a 28% para 2025

Meta traçada pelo presidente Barack Obama representa o dobro do corte previsto entre 2005 e 2020


	Meta traçada pelo presidente Barack Obama representa o dobro do corte previsto entre 2005 e 2020
 (Getty Images)

Meta traçada pelo presidente Barack Obama representa o dobro do corte previsto entre 2005 e 2020 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 14h57.

Washington - O governo dos EUA se comprometeu formalmente a reduzir para 2025 suas emissões de gases do efeito estufa entre 26% e 28% com relação aos níveis de 2005, um objetivo traçado em novembro e que pretende levar à conferência da ONU em Paris no final deste ano.

Esse objetivo, traçado pelo presidente americano, Barack Obama, durante sua visita à China em novembro, está incluído em um documento que a Casa Branca enviou hoje à Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC), segundo anunciou nesta terça-feira um assessor do líder, Brian Deese.

A meta traçada por Obama representa o dobro do corte previsto entre 2005 e 2020, e foi fixada no marco de um acordo com o presidente da China, Xi Jinping, que disse que os níveis de emissões da China alcançarão seu nível máximo em 2030 e começarão a ser reduzidos a partir de então.

"O objetivo dos Estados Unidos é ambicioso e alcançável, e temos as ferramentas que necessitamos para isso. Esse objetivo quase duplicará o ritmo ao qual estivemos reduzindo a poluição de carbono", disse Deese em mensagem no site "Medium".

Além disso, o cumprimento dessa meta colocaria os Estados Unidos "no caminho de uma redução de mais de 80% para 2050", segundo assegurou a jornalistas o enviado especial para mudança climática do Departamento de Estado de EUA, Todd Stern.

Com a entrega hoje do objetivo dos Estados Unidos, "os países que emitem mais da metade - 58%- do total da poluição de carbono por parte do setor energético entregaram ou anunciaram o que farão no período posterior a 2020 para combater a mudança climática", assegurou Deese.

"Isso inclui o México, nosso próximo aliado econômico, que na sexta-feira traçou um alto padrão para países similares quando se transformou na primeira economia emergente a entregar seu objetivo à ONU", acrescentou o assessor de Obama.

O governo mexicano se comprometeu na sexta-feira a reduzir em 25% as emissões de gases e compostos do efeito estufa previstas para 2030, um número que pode ser elevado a 40% caso receba ajuda internacional.

O resto desses grandes emissores citados pela Casa Branca que já enviaram compromissos concretos à ONU são os 28 países da União Europeia (UE) e a China, segundo Deese.

"É hora de outros países fazerem o que os Estados Unidos, México e outros membros da UE fizeram e entregarem objetivos ambiciosos e transparentes para diminuir as emissões de carbono", a fim de alcançar um "acordo global em Paris em dezembro", ressaltou Deese.

A conferência de Paris será a primeira vez nos mais de 20 anos de história das negociações sobre a mudança climática na qual todos os países, sem exceção, desenvolvidos e em desenvolvimento, terão que se comprometer com ações para lutar contra este problema.

Os Estados Unidos querem que a maioria dos países antecipem seus objetivos de redução de emissões antes da realização da conferência, e insistem especialmente na necessidade das nações emergentes apresentarem também seus compromissos.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Meio ambienteONUPaíses ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru