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EUA revisam para cima crescimento do último trimestre de 2010

Crescimento no último trimestre subiu para 3,1% e fez média do ano atingir o nível mais alto em cinco anos

Fábrica da GM nos EUA: lucro de empresas cresceu 29% no país em 2010 (Bill Pugliano/Getty Images)

Fábrica da GM nos EUA: lucro de empresas cresceu 29% no país em 2010 (Bill Pugliano/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2011 às 15h21.

Washington - O Governo dos Estados Unidos revisou nesta sexta-feira para cima o Produto Interno Bruto do quarto trimestre de 2010, que segundo os cálculos definitivos cresceu 3,1%, o que permitiu que a média do ano ficasse em 2,9%, a maior em cinco anos.

O cálculo provisório dos três últimos meses do ano que havia sido divulgado pelo Departamento de Comércio era de 2,8%, taxa que foi revisada nesta sexta-feira em três décimos.

O ritmo de crescimento no trimestre anterior havia sido de 2,6%, o que revela uma aceleração no fim do ano, impulsionada pelo vigoroso consumo dos americanos e o crescimento nas exportações.

Depois da recessão econômica mais profunda e prolongada em quase oito décadas, os EUA retomaram o crescimento em julho de 2009, mas mesmo assim o ano foi fechado com uma contração de 2,6%.

O ano de 2010 foi de bonança para as empresas, cujo lucro, descontados os impostos, cresceu 29%, o maior aumento anual desde 1948.

A despesa dos consumidores nos Estados Unidos equivale a quase 70% da atividade econômica, e entre outubro e dezembro cresceu a uma taxa anualizada de 2,8%, para fechar o ano com um aumento de 1,3%, segundo o relatório do Departamento de Comércio.

A correção dos números do quarto trimestre se deveu, principalmente, a uma revisão que elevou os investimentos de reservas e das empresas.

O comércio exterior acrescentou 3,3 pontos percentuais ao PIB no quarto trimestre, e em todo o ano o déficit na balança comercial de bens e serviços subtraiu meio ponto percentual ao índice.

A produção industrial, que equivale a 11% da atividade econômica americana, provavelmente continuará à frente da reativação caso se mantenha a demanda do exterior e a necessidade de reabastecer os estoques do país.

Já o índice de preços em despesas de consumo, uma medida da inflação vinculada ao PIB e à qual o Federal Reserve (Fed, banco central americano) dedica especial atenção em sua política monetária, subiu 0,4% entre outubro e dezembro, o que representa o menor aumento de preços desde 1959. O cálculo preliminar apontava para uma inflação de 0,5%.

O baixo ritmo de inflação durante 2010 permitiu que o Federal Reserve prosseguisse com a política monetária que, desde dezembro de 2008, manteve a taxa básica de juros abaixo de 0,25% como estímulo ao consumo e ao investimento.

Em novembro, o Fed anunciou um segundo programa de injeção de capital nos mercados mediante a aquisição gradual de US$ 600 bilhões em bônus do Tesouro, uma operação que será concluída em meados deste ano.

Os economistas acreditam que o aumento dos preços do petróleo, agravado pelas crises nos países árabes exportadores, e os aumentos dos custos dos alimentos poderiam acelerar a inflação neste ano.

Em dezembro, o Congresso aprovou uma extensão dos cortes de impostos implementados na gestão de George W. Bush, e entre eles está uma diminuição de 2% nos impostos cobrados sobre os salários dos trabalhadores.

Os maiores empecilhos da longa e lenta recuperação econômica dos Estados Unidos continuam sendo o mercado imobiliário, afetado por execuções hipotecárias e depreciação das propriedades, e o desemprego, que se mantém em 9% após o fechamento de mais de 8 milhões de postos de trabalho durante a recessão.

Para o primeiro trimestre de 2011, os analistas esperam um crescimento menor do que o registrado no final de 2010, entre 2,2% e 2,5%

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