Carro da ONU na Síria com inspetores em armas químicas: o governo americano ainda não chegou a uma conclusão definitiva sobre as intenções da Síria (Khaled al-Hariri/Reuters)
Da Redação
Publicado em 6 de novembro de 2013 às 09h28.
Washington - Os Estados Unidos estão revisando novas informações de inteligência classificada que sugerem que o regime sírio pode ter escondido parte de seu arsenal químico para não se desfazer dele dentro do plano para a verificação e destruição dessas armas, informou nesta terça-feira a emissora "CNN".
"Eles (os sírios) fizeram coisas recentemente que sugerem que não estão prontos para se desfazer de todas as suas armas químicas", disse à emissora um funcionário americano, que pediu anonimato.
As agências de inteligência, o Departamento de Defesa, o Departamento de Estado e a Casa Branca estão revisando a nova informação classificada, de acordo com a "CNN".
No entanto, o governo americano ainda não chegou a uma conclusão definitiva sobre as intenções da Síria sobre as bases dessas novas informações.
Em Nova York, a chefe da missão internacional para o desmantelamento do arsenal químico na Síria, Sigrid Kaag, comemorou hoje os "progressos" obtidos desde que começou seu trabalho há um mês e destacou a cooperação construtiva das autoridades de Damasco no processo de verificação e destruição das armas.
A responsável holandesa lembrou que no próximo dia 15 de novembro o Conselho Executivo da Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq) deverá se pronunciar sobre o plano de destruição apresentado há algumas semanas pelo regime da Síria para eliminar seu arsenal químico.
O desarmamento químico sírio faz parte do acordo alcançado em setembro entre Moscou e Washington para evitar uma intervenção militar dos EUA na Síria, após o ataque químico de agosto na periferia de Damasco que causou mais de mil mortes.
Os Estados Unidos insistiram hoje que ainda não foi decidida uma data para a conferência de paz de Genebra e não descartou que ela possa acontecer ainda este mês, pouco depois que o mediador internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, assegurou que não será possível celebrá-la antes do fim de novembro.