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EUA restabelece pena de morte para autor do ataque à Maratona de Boston

Autor do atentado, que matou três pessoas e feriu 264, é um jovem estudante de origem chechena que cometeu o ataque com seu irmão

O jovem Dzhokhar Tsarnaev, acusado de coautoria no atentado durante a maratona de Boston, em 2013 (AFP/AFP)

O jovem Dzhokhar Tsarnaev, acusado de coautoria no atentado durante a maratona de Boston, em 2013 (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 4 de março de 2022 às 17h08.

Última atualização em 4 de março de 2022 às 17h15.

A Suprema Corte dos Estados Unidos restabeleceu nesta sexta-feira, 4, a pena de morte para o autor do atentado na Maratona de Boston de 2013, que matou três pessoas e feriu 264. 

A sentença de Djokhar Tsarnaev, um jovem estudante de origem chechena que cometeu o ataque com seu irmão, havia sido invalidada em recurso devido a erros processuais relativos à composição do júri e à exclusão de elementos durante o julgamento.

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O tribunal revogou este parecer pelo voto dos seis juízes conservadores, dos nove que o compõem.

"Dzhokhar Tsarnaev cometeu crimes hediondos. A 6ª emenda à Constituição garante a ele um julgamento justo perante um júri imparcial e ele conseguiu um", escreveu.

Em 2013, quando tinha 19 anos, ele e seu irmão mais velho Tamerlan plantaram duas bombas caseiras perto da linha de chegada da Maratona de Boston, causando uma carnificina.

Identificados por câmeras de vigilância, os dois irmãos fugiram, matando um policial na fuga.

O mais velho deles foi morto durante um confronto com a polícia e Djokhar Tsarnaev foi encontrado ferido, escondido em um barco. Ele escreveu em uma parede que queria vingar os muçulmanos mortos no Iraque e no Afeganistão.

Em 2015 foi condenado à morte, mas a sentença foi anulada em 2020 por um tribunal de apelações que alegou duas irregularidades.

A sentença permitiu que Djokhar Tsarnev fosse mantido em prisão perpétua, mas foi duramente criticada pelo então presidente Donald Trump, que pediu ao governo que recorresse ao Supremo Tribunal.

Uma vez na Casa Branca, Joe Biden poderia ter retirado o recurso, mas deixou-o seguir seu curso, apesar de durante a campanha eleitoral ter defendido a abolição da pena de morte em nível federal.

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