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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, planeja divulgar nesta segunda-feira uma nova ordem para interromper projetos de exploração de petróleo e gás natural em águas profundas, disseram duas pessoas familiares com o assunto ao Wall Street Journal.
Detalhes sobre a nova ordem - como sobre quantas plataformas ela iria incidir, e de que maneira ela se estruturará - ainda não estavam disponíveis, segundo as fontes, que pediram anonimato.
Além disso, o chefe da agência federal que regula a exploração offshore deve anunciar uma série de audiências públicas, nas quais a administração espera receber comentários da sociedade sobre o futuro da política de exploração de petróleo e gás offshore. O diretor do Escritório de Gerenciamento de Energia do Oceano, Michael Bromwich, deve descrever seus planos para as audiências quando ele falar, na terça-feira, a uma comissão presidencial que investiga o vazamento de óleo no Golfo do México.
O administração Obama está enfrentando judicialmente a indústria petrolífera há semanas, em uma corte federal onde se discute a legalidade da moratória nas operações de exploração em águas profundas. Uma decisão inicial sobre a moratória foi tomada após o acidente de 20 de abril, quando uma plataforma da britânica BP explodiu, iniciando o vazamento no poço Macondo no Golfo do México.
O governo anunciou a moratória em 27 de maio, na prática interrompendo as operações em águas com profundidade acima de 150 metros (500 pés). Um juiz federal, porém, anulou a moratória no mês passado, argumentando que a medida era arbitrária.
Na semana passada, a Corte de Apelações do Quinto Circuito, em Nova Orleans, recusou-se a suspender a decisão da instância inferior de suspender a moratória. Agora, essa corte de apelações deve ouvir a apelação do governo no caso até o fim de agosto.
A moratória inicial do governo Obama atingia 33 poços, incluindo oito que haviam recebido permissões para a prospecção mas não haviam começado a operar, segundo a Associação Internacional de Empreiteiros de Perfuração. O setor de perfuração e exploração estimou que a moratória custaria aos trabalhadores do setor até US$ 330 milhões em salários diretos, sem contar os setores indiretamente afetados. As informações são da Dow Jones.