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EUA registram aumento dramático dos diagnósticos de TDAH

Quase um em cada cinco adolescentes americanos sofre de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Pílulas de remédios: as vendas de estimulantes que tratam o TDAH mais do que dobraram nos últimos anos
 (Philippe Huguen/AFP)

Pílulas de remédios: as vendas de estimulantes que tratam o TDAH mais do que dobraram nos últimos anos (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2013 às 12h13.

Washington - Quase um em cada cinco adolescentes americanos sofre de transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o que representa um aumento dramático na última década, informou o jornal New York Times.

A condição, para a qual estimulantes potentes como Adderal ou Ritalina costumam ser receitados, afetava, segundo cálculos anteriores, de 3 a 7% das crianças.

O jornal compilou dados de números preliminares fornecidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que fez uma pesquisa por telefone com 76.000 pais entre 2011 e 2012.

A reportagem afirma que 15% dos meninos em idade escolar nos Estados Unidos receberam diagnóstico de TDAH, contra 7% entre as meninas.

Entre os jovens com idades entre 14 e 17 anos, o resultado é ainda maior: 19% para os meninos e 10% para as meninas.

De acordo com estimativas, 6,4 milhões de crianças com idades entre 4 e 17 anos receberam um diagnóstico de TDAH em algum ponto de suas vidas, um aumento de 16% desde 2007 e de 53% na última década, segundo o NYT.


Especialistas afirmaram que os números são surpreendentes e aumentam as preocupações com o potencial abuso de medicamentos usados para tratar o TDAH, assim como os riscos do uso equivocado, incluindo psicose, ansiedade e vício.

"Nós precisamos garantir o equilíbrio", afirmou o diretor do CDC, Thomas Frieden.

"Os remédios corretos para TDAH, dados às pessoas certas, podem fazer uma grande diferença. Infelizmente, o uso equivocado parece estar crescendo a um nível alarmante", completou.

James Swanson, professor de Psiquiatria na Universidade Internacional da Flórida e um pesquisador renomado de TDAH, manifestou preocupação com as descobertas.

"Não há como um em cada cinco meninos do ensino médio ter TDAH", afirmou.

"Se nós começarmos a tratar crianças que não têm o transtorno com estimulantes, um certo percentual terá problemas que são previsíveis: alguns deles terminarão com abuso e dependência".

O jornal também destaca que as vendas de estimulantes que tratam o TDAH mais do que dobraram nos últimos anos. Em 2007, as vendas alcançaram quatro bilhões de dólares, enquanto em 2012 atingiram nove bilhões de dólares.

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