Mundo

EUA reduz preço de 10 medicamento após acordo entre governo Biden e farmacêuticas

Os beneficiários do seguro de saúde federal Medicare economizarão 1,5 bilhão de dólares (8,20 bilhões de reais), segundo a Casa Branca

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 15 de agosto de 2024 às 08h49.

Última atualização em 15 de agosto de 2024 às 08h59.

Tudo sobreEstados Unidos (EUA)
Saiba mais

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice-presidente, Kamala Harris, anunciaram nesta quinta-feira, 15, a redução do preço de 10 medicamentos para os idosos graças a um acordo "histórico" com empresas farmacêuticas, em uma tentativa de impulsionar a candidatura democrata a três meses das eleições.

O acordo dos produtores economizará 1,5 bilhão de dólares (8,20 bilhões de reais) dos beneficiários do seguro de saúde federal Medicare – ou seja, pessoas com 65 anos ou mais – e quase US$ 6 bilhões (R$ 32,8 bilhões) para os contribuintes no primeiro ano de sua entrada em vigor, em 2026, segundo a Casa Branca.

Biden, que desistiu da candidatura à reeleição em julho e cedeu a vaga na chapa a Kamala Harris, chamou a medida de um "passo histórico". Os dois celebrarão a novidade nesta quinta-feira durante uma viagem conjunta na região de Washington.

Os preços dos medicamentos, que não são regulamentados a nível nacional nos Estados Unidos, são frequentemente muito mais elevados do que em outros países desenvolvidos. Muitas vezes, os segurados precisam pagar uma parte do custo do próprio bolso.

"Durante anos, milhões de americanos foram obrigados a escolher entre comprar seus medicamentos ou os alimentos", afirmou o presidente em um comunicado. "Enfrentamos (os laboratórios) e vencemos".

O presidente, que geralmente anuncia sozinho seus grandes projetos econômicos, dividiu os créditos nesta ocasião com a vice-presidente, a apenas três meses das eleições de novembro, nas quais a democrata enfrentará o republicano Donald Trump.

A vice-presidente, que inclusive recebeu mais espaço no comunicado da Casa Branca que Biden, prometeu que o governo não vai parar nesta medida, destacando que o custo de outros remédios será discutido nos próximos anos.

As negociações entre o Medicare e as empresas farmacêuticas começaram em fevereiro.

Os 10 tratamentos do acordo incluem o Farxiga (para diabetes), do grupo anglo-sueco AstraZenec, o Entresto (problemas cardíacos), do laboratório suíço Novartis, e o Eliquis (anticoagulante), da americana Bristol-Myers Squibb (BMS).

Segundo a Casa Branca, estes medicamentos foram prescritos em 2022 a quase nove milhões de beneficiários.

A reforma é parte da principal legislação do mandato de Biden, a Lei de Redução da Inflação, um vasto programa de transição energética e para melhorar o poder aquisitivo.

Harris planeja anunciar na sexta-feira as linhas gerais de seu programa econômico para governar o país.

O custo de vida elevado é uma das áreas de ataque favoritas de Trump.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Joe BidenKamala HarrisIndústria farmacêuticaRemédios

Mais de Mundo

Musk quer cortes maciços de funcionários e gasto federal nos EUA

Trump escolhe ex-procurador-geral Matthew Whitaker como próximo embaixador na Otan

No Brasil, Xi Jinping defende cessar-fogo na Faixa de Gaza

Argentina questionou declaração do G20 porque acha que Estado não resolve pobreza, diz ministra