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EUA recomendam cidadãos a deixar o Brasil e aumentam alerta para viagens

Comunicado recomenda aos americanos que usem os voos ainda existentes para deixar o Brasil o mais rápido possível

Coronavírus: os Estados Unidos ainda não fecharam a ligação aérea com o Brasil (Carol Coelho/Getty Images)

Coronavírus: os Estados Unidos ainda não fecharam a ligação aérea com o Brasil (Carol Coelho/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de março de 2020 às 11h24.

Última atualização em 27 de março de 2020 às 20h26.

O governo dos Estados Unidos divulgou aviso para que os cidadãos norte-americanos não viajem ao exterior, inclusive ao Brasil, devido ao crescimento da epidemia de coronavírus, e recomendou que usem os voos ainda existentes para deixar o território brasileiro o mais rápido possível, a menos que planejem ficar indefinidamente no exterior.

O aviso dos EUA, que elevaram para nível 4 o alerta em relação ao coronavírus, é para que se evite qualquer viagem internacional não essencial, e o texto divulgado pela embaixada no Brasil alerta que quem está no exterior deve retornar imediatamente "a menos que estejam preparados para permanecer no exterior por um período indeterminado."

Os EUA já proibiram a chegada de voos de países europeus e da China, e empresas norte-americanas que voam para o Brasil têm suspendido totalmente ou reduzido seus voos para o país.

"A Embaixada dos EUA em Brasília gostaria de informar aos cidadãos dos EUA no Brasil que opções de  voos  comerciais permanecem disponíveis com saída do Brasil para os Estados Unidos, porém esperamos que esse número diminua", diz o texto.

"Os cidadãos dos EUA que desejam retornar aos Estados Unidos devem fazê-lo o mais rápido possível, pois a situação de viagem está mudando muito rapidamente e a disponibilidade de  voos  está sujeita a alterações."

O governo dos EUA ainda não fechou a ligação aérea com o Brasil, mas acompanha com atenção a situação no país, segundo uma fonte.

Apesar de os Estados Unidos serem hoje o terceiro país com mais casos de coronavírus, ultrapassando os 50 mil casos confirmados, o Brasil não incluiu o país entre aqueles com restrição para ingresso, mesmo tendo alegado, inicialmente, que as razões para a escolha dos países havia sido o risco de contágio.

Depois, o Ministério da Justiça justificou o fato de os EUA terem ficado de fora porque as razões incluiriam "outros critérios" que não apenas o risco de contágio. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, alegou que os EUA estariam "em situação semelhante a do Brasil", apesar da diferença no número de casos.

De acordo com uma fonte, o governo brasileiro espera um movimento do governo norte-americano de restrição de voos para então adotar medida semelhante, mas não tomaria a iniciativa.

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