Mundo

EUA realizam novos ataques no Iraque

Estado Islâmico disse que a decapitação do jornalista foi um ato de vingança pelos ataques aéreos norte-americanos e que outros reféns podem ser assassinados


	Blindado em Bagdá, Iraque: EUA podem mais tropas, provavelmente menos de 300
 (Amer al-Saedi/AFP)

Blindado em Bagdá, Iraque: EUA podem mais tropas, provavelmente menos de 300 (Amer al-Saedi/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2014 às 14h31.

Washington - Os Estados Unidos lançaram uma nova série de ataques aéreos contra o Estado Islâmico, grupo extremista que decapitou o jornalista norte-americano James Foley e assumiu o controle de grandes extensões no Iraque e na Síria.

O presidente Barack Obama prometeu uma busca incessante dos terroristas e a Casa Branca revelou que os Estados Unidos lançaram uma missão secreta de resgate no interior da Síria neste ano para resgatar Foley e outros norte-americanos mantidos como reféns, mas a missão fracassou.

O Estado Islâmico disse que a morte de Foley foi um ato de vingança pelos ataques aéreos norte-americanos contra militantes no Iraque e que outros reféns podem ser assassinados se os ataques continuarem.

Apesar disso, os Estados Unidos realizaram outros 14 ataques após a divulgação do vídeo da morte de Foley, elevando para 84 o número de ações deste tipo desde o início das ações, em 8 de agosto.

Dois funcionários do governo norte-americano disseram que mais tropas dos Estados Unidos, provavelmente menos de 300, podem ser enviadas para o Iraque para reforçar a segurança na região de Bagdá, onde está localizada a embaixada norte-americana.

Tal medida elevaria o número total de forças dos Estados Unidos no Iraque para mais de 1.000, embora autoridades afirmem que uma decisão final ainda não foi tomada. As fontes falaram em condição de anonimato.

Nas capitais do Oriente Médio, a notícia da morte de Foley foi recebida com silêncio, mesmo na Síria e no Iraque, os dois países onde o Estado Islâmico é mais forte.

Nas redes sociais, as pessoas da região condenam o assassinato do jornalista, mas destacam que o Estado Islâmico tem cometido atrocidades contra iraquianos e sírios há anos.

Durante a maior parte do ano passado e até pouco tempo atrás, o governo Obama estava profundamente dividido sobre o tamanho da ameaça que o Estado Islâmico representava para os norte-americanos ou para outros países além do Iraque e da Síria.

Mas desde o avanço os militantes pelo norte do Iraque em junho e com suas fileiras aumentando três vezes, para estimados 15 mil combatentes, Obama reconheceu que o Estado Islâmico pode ter tornar uma ameaça direta aos Estados Unidos.

O vídeo da decapitação de Foley também mostrou imagens de outro jornalista norte-americano capturado, Steven Sotloff. O grupo advertiu que ele pode ser o próximo a ser assassinato se os ataques dos Estados Unidos continuarem.

O governo norte-americano acredita que o vídeo tenha sido feito dias antes da sua divulgação, talvez no final de semana, e está cada vez mais preocupado com o destino de Sotloff. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:Estado IslâmicoEstados Unidos (EUA)IraquePaíses ricosSíria

Mais de Mundo

O que é a Área 51 e o que existe lá?

Sheinbaum rechaça 'ameaças' e responde a Trump que 'uma tarifa será seguida por outra'

França e Polônia reafirmam posição contra o acordo UE-Mercosul