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EUA querem retomar processos contra prisioneiros de Guantánamo

New York Times revela que administração de Obama não desistiu de gerir a prisão

Prisão de Guantánamo: processos devem ser reabertos a acusados de terrorismo (John Moore/Getty Images)

Prisão de Guantánamo: processos devem ser reabertos a acusados de terrorismo (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2011 às 07h22.

Nova York - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, levantará em breve a suspensão dos processos aos prisioneiros da base naval de Guantánamo, em Cuba, que ele mesmo decretou no dia da posse, há dois anos, do presidente Barack Obama, informou nesta quinta-feira o "The New York Times".

Citando como fontes "altos funcionários, o jornal diz que o reatamento dos processos significa que a administração de Obama admitiu que a prisão em Guantánamo seguirá em funcionamento, apesar do presidente ter se comprometido em fechá-la.

"Dentro de algumas semanas" serão abertos os tribunais militares, e não as cortes federais convencionais, novas causas contra os detidos que o Departamento de Justiça já designou para ser julgados, garante a publicação.

Os processos incluem Abd al-Rahim al-Nashiri, de nacionalidade saudita e que supostamente planejou o atentado em 2000 no Iêmen contra o porta-aviões "Cole"; Ahmed al-Darbi, também saudita e apontado como mentor do fracassado complô para atacar petrolíferas no Estreito de Ormuz, e o afegão Obaydullah, suspeito de ter escondido bombas.

No caso de Nashiri, existe a possibilidade de a promotoria militar pedir a pena de morte, já que 17 marinheiros morreram no atentado contra o porta-aviões "Cole".

Nashiri chegou a Guantánamo após passar pelas prisões clandestinas da CIA, onde foi submetido ao "waterboarding", uma forma de tortura que simula o afogamento.

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