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EUA querem reforço da segurança no leste europeu

Para o secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter, instalar armamento pesado na região é passo importante para responder a uma possível agressão russa


	Ashton Carter, secretário de Defesa dos EUA: Washington admitiu que está para instalar armamento pesado no leste europeu e reforçar o apoio à formação das forças locais
 (Jung Yeon-Je/AFP)

Ashton Carter, secretário de Defesa dos EUA: Washington admitiu que está para instalar armamento pesado no leste europeu e reforçar o apoio à formação das forças locais (Jung Yeon-Je/AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2015 às 10h53.

O secretário da Defesa norte-americano, Ashton Carter, afirmou hoje (22), em Berlim, que a possível instalação de armamento pesado norte-americano no Leste da Europa será um passo importante para responder a uma eventual agressão russa.

O objetivo é tranquilizar os países bálticos e outros países da Europa que estão preocupados desde a anexação da Crimeia, pela Rússia, e o início dos combates no Leste da Ucrânia, onde separatistas pró-russos contestam a autoridade de Kiev.

Washington admitiu que está para instalar armamento pesado na região e reforçar o apoio à formação das forças locais. “É algo que estamos considerando e que vamos discutir com os nossos parceiros”, disse Carter.

O secretário de Defesa dos Estados Unidos está visitando países europeus, nesta semana, com passagens pela Alemanha, Estônia e Bélgica.

Em Bruxelas, Ashton Carter participará, quarta (24) e quinta-feira (25), da reunião dos Ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

“O plano é ter equipamentos, principalmente para apoiar os exercícios, que estejam já localizados na região, incluindo equipamento pesado”, disse Ashton Carter, que assumiu a liderança do Pentágono em fevereiro. “Existe a possibilidade também de instalar mais equipamento para as contingências”, acrescentou o secretário.

Sem fornecer mais detalhes, Carter afirmou que Washington pretende tranquilizar os parceiros da Aliança Atlântica no Leste da Europa.

“Se vamos aumentar a resiliência da Aliança e particularmente dos parceiros que estão na fronteira com o território da Aliança, isso é uma coisa importante”.

A Polônia, por meio do seu ministro da Defesa Tomaz Siemoniak, confirmou conversas em andamento com Washington para a instalação de armamento pesado norte-americano em seu território.

Nos últimos dias, o tom belicista entre a Rússia e os Estados Unidos aumentou, com Moscou prestes a anunciar o reforço do seu arsenal nuclear, com 40 mísseis balísticos intercontinentais, e garantir que tem mais de dez batalhões de paraquedistas prontos para atuar dentro ou fora do país para repelir uma ameaça externa.

Já o secretário-geral da Otan anunciou hoje a intenção de mais que duplicar a dimensão da chamada Força de Reação Rápida, criada em 2002, já reforçada há um ano com uma força de reação muito rápida para o leste europeu.

“Os ministros da Defesa da Otan vão decidir aumentar ainda mais a estrutura e a capacidade da Força de Reação entre 30 mil e 40 mil tropas, mais do dobro do tamanho atual”, disse Jens Stoltenberg sobre a reunião de ministros de quarta e quinta-feira, em Bruxelas.

A Força de Reação Rápida foi criada pela Aliança Atlântica, constituída por cerca de 13 mil tropas, para permitir um destacamento de forças mais rápido que o habitual em situações de crise.

Em 2014, contudo, o conflito na Ucrânia e a anexação da Crimeia, pela Rússia, mostraram a necessidade de uma força ainda mais rápida, levando à criação, na Reunião de Gales, de uma força de reação muito rápida – a Força Conjunta de Elevada Prontidão –, constituída por 5 mil tropas capazes de se deslocar em dias e não meses.

Stoltenberg afirmou que a aliança está conseguindo rápidos progressos na constituição e capacitação dessa força de vanguarda. “Estas são decisões importantes, parte da adaptação da Otan a um novo ambiente de segurança”, disse o secretário-geral.

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