Mundo

EUA querem que espaço seja "campo de batalha", diz China

Reação chinesa vem após os EUA anunciarem a criação de uma Força Espacial. " Isto leva à militarização e põe em perigo o espaço exterior", disse o chanceler

NASA: imagem da superfície da Terra (AFP/Nasa/Michael Benson/AFP)

NASA: imagem da superfície da Terra (AFP/Nasa/Michael Benson/AFP)

E

EFE

Publicado em 12 de fevereiro de 2019 às 11h10.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2019 às 12h01.

Pequim - A China acusou nesta terça-feira os Estados Unidos de querer transformar o espaço em um "campo de batalha", depois que o Pentágono divulgou ontem um relatório que incluía a China como possível adversário no domínio do espaço.

"Recentemente, os Estados Unidos definiram o espaço exterior como um campo de batalha e anunciaram a criação de uma Força Espacial. Isto leva à militarização e põe em perigo o espaço exterior", afirmou em entrevista coletiva a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hua Chunying.

Sob o título "Desafios à Segurança no Espaço", o relatório elaborado pela Agência de Inteligência do Departamento de Defesa dos EUA inclui Pequim na lista de quatro possíveis rivais que Washington deveria enfrentar em caso de um ataque que colocasse em perigo seus recursos espaciais.

Em referência a tal documento, Hua ressaltou que contém "alegações infundadas", além de representar um "pretexto" da parte americana para "construir sua força militar" no espaço exterior.

"Se os Estados Unidos estão realmente preocupados com a segurança espacial, deveriam trabalhar com a China" para favorecer "o controle armamentista no espaço, ao invés de fazerem o contrário", ressaltou a funcionária.

Por outro lado, Hua qualificou de injustas as declarações efetuadas ontem em Budapeste, na Hungria, pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que pediu que os países da Europa Central resistam à influência da Rússia e da China, pois estes países "não compartilham os princípios de liberdade".

"Os Estados Unidos fazem o possível para fabricar acusações desse tipo e assim prejudicar as relações da China com outros países. Uma ação assim não é justa nem moral, e não corresponde com a posição dos Estados Unidos como potência", opinou Hua.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)EspaçoChina

Mais de Mundo

Deputados da França rejeitam por unanimidade o tratado UE-Mercosul

Após ataque em Washington, Trump ordena revisão de 'green cards' emitidos a 19 nacionalidades

Após golpe militar, general da Guiné-Bissau é nomeado presidente interino

Incêndio em prédio de Hong Kong dura mais de 24 horas e mata ao menos 75 pessoas