A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2011 às 19h50.
Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu nesta terça-feira uma investigação para apurar a possível participação do ditador líbio, Muamar Kadhafi, no atentado aéreo de Lockerbie, que matou 270 pessoas em 1988.
Hillary disse ao Congresso americano que formalizaria, através de uma carta, um pedido ao governo para "reunir provas e abrir uma ação contra Kadhafi e todos aqueles com quem ele pode ter conspirado" para executar o ataque.
A questão, explicou a chefe da diplomacia americana, tornou-se premente "porque houve declarações nos últimos dias feitas por pessoas que hoje são ex-membros do governo líbio apontando Kadhafi, deixando claro que a ordem (para o atentado) veio do topo".
"Acho que, de fato, precisamos agir rapidamente", destacou, falando para a Comissão de Relações Exteriores do Congresso.
O jornal sueco Expressen informou que o ex-ministro da Justiça líbio Mustapha Abdeljalil, que passou à oposição depois de se voltar contra o regime, teria dito ter "provas de que Kadhafi deu a ordem para Lockerbie".
A maioria das vítimas do voo 103 da Pan Am, que explodiu sobre a cidade escocesa de Lockerbie, era americana.
Em 2001, o líbio Abdelbaset Ali Mohmet al-Megrahi foi condenado por ter orquestrado o ataque, mas acabou libertado em 2009 por sofrer de um câncer terminal.