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EUA quebram cerco de jihadistas aos refugiados no Iraque

Muitos deslocados fugiram do monte Sinjar graças "aos bombardeios seletivos dos EUA, à ajuda humanitária e aos esforços dos soldados turcos"


	Famílias da minoria Yazidi: almirante informou que refugiados encontrados no monte "estão em melhores condições do que pensávamos graças ao acesso à água e aos alimentos que entregamos"
 (REUTERS/Rodi Said)

Famílias da minoria Yazidi: almirante informou que refugiados encontrados no monte "estão em melhores condições do que pensávamos graças ao acesso à água e aos alimentos que entregamos" (REUTERS/Rodi Said)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 08h41.

Washington - Os Estados Unidos consideraram quebrado o cerco aos jihadistas do Estado Islâmico (EI) que tinham submetido milhares de civis no monte Sinjar, no norte do Iraque, e acreditam ser muito menos necessária agora a grande operação que montavam para retirá-los, disse nesta quarta-feira Brett McGurk, vice-secretário assistente de Estado para Assuntos do Oriente próximo.

"O presidente (Barack Obama) disse que romperíamos o cerco à montanha e conseguimos", confirmou McGurk em entrevista à "CNN".

Pouco antes, o Pentágono anunciou em comunicado que uma eventual evacuação no monte Sinjar é "muito menos provável" depois de uma equipe de militares americanas se deslocar por 24 horas até a montanha e constatar que muitos deslocados fugiram graças "aos bombardeios seletivos dos EUA, à ajuda humanitária e aos esforços dos soldados turcos".

"Nossa equipe constatou que há muitos menos yazidis no monte Sinjar do que esperávamos. E estão em melhores condições do que pensávamos graças ao acesso à água e aos alimentos que entregamos", explicou em comunicado o almirante John Kirby, porta-voz do Departamento de Defesa americano.

Nenhuma fonte americana deu por enquanto uma estimativa dos refugiados que ainda continuam no monte Sinjar, embora McGurk tenha dito que são milhares de evacuados.

Até o anúncio do fim do cerco os Estados Unidos calculavam que 40 mil pessoas, a maioria yazidis curdos e cristãos, estavam presas no monte Sinjar e com necessidade urgente de água, comida, abrigo e remédios.

"Não teremos que fazer a grande operação militar que pensamos que teríamos que fazer nessa montanha graças aos bombardeios seletivos dos EUA sobre posições do EI", explicou McGurk.

Poucas horas antes do anúncio do fim do cerco e do comunicado do Pentágono, o assessor adjunto de segurança nacional da Casa Branca, Ben Rhodes, tinha explicado que os Estados Unidos decidiria "em questão de dias" se efetuaria um resgate dos milhares de civis deslocados no monte Sinjar.

O Pentágono considera que essa missão de evacuação é agora "muito menos provável" depois da avaliação efetuada em Sinjar por uma equipe reduzida de assessores militares, menos de 20 do total de 129 que chegaram ontem a Erbil, a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano.

O total de militares americanos no Iraque é agora de 864, um número que inclui o último destacamento de 129 e os 300 que chegaram desde o início da crise em junho ao qual devem se somar outros cem soldados que protegem a embaixada dos EUA no Iraque.

O Pentágono completou nesta quarta-feira o sexto dia de bombardeios seletivos sobre posições jihadistas no norte do Iraque, com sete ataques realizados durante a jornada.

Em um dos ataques, um drone destruiu um veículo do EI no oeste de Sinjar, informou o Comando Central dos EUA, encarregado das operações no Oriente Médio.

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