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EUA promete 'resposta firme' à presença de tropas norte-coreanas no conflito da Ucrânia

País acompanha a aproximação militar entre Coreia do Norte e Rússia e defende ajuda à Ucrânia

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 13 de novembro de 2024 às 10h14.

Última atualização em 13 de novembro de 2024 às 10h18.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, prometeu nesta quarta-feira, 13, em Bruxelas uma "resposta firme" à presença de tropas norte-coreanas no conflito entre Rússia e Ucrânia.
Coincidindo com um ataque balístico russo contra Kiev, Blinken iniciou uma série de encontros em Bruxelas para defender a ajuda à Ucrânia.

O dia começou com uma reunião com o secretário-geral da Otan, Mark Rute. "Tivemos uma reunião sobre o apoio à Ucrânia (...) e este novo elemento, tropas da Coreia do Norte injetadas na batalha, e agora quase literalmente no combate, o que exige e terá uma resposta firme", disse o chefe da diplomacia americana.

O governo dos Estados Unidos afirma que tropas norte-coreanas estão mobilizadas em operações de combate na região russa de Kursk, onde o Exército ucraniano iniciou uma ofensiva em agosto e ocupa uma parte do território.

Nesta mesma quarta-feira, o serviço de inteligência da Coreia do Sul afirmou precisamente que os soldados norte-coreanos já "participam em combates" em Kursk, onde foram destacados há duas semanas.

Na capital belga, Blinken também se reunirá com ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andrii Sybiga, com o atual chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell, e com sua sucessora designada, Kaja Kallas.

Na audiência de confirmação no Parlamento Europeu, Kallas, ex-primeira-ministra da Estônia, enfatizou na terça-feira que a UE deve manter o apoio à Ucrânia "pelo tempo que for necessário".

A viagem de Blinken a Bruxelas acontece no momento em que Kiev e seus aliados europeus temem que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, interrompa a ajuda ao país.

Trump já conversou por telefone com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky. Segundo o jornal Washington Post, ele também falou com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, embora o Kremlin tenha negado qualquer conversa entre ambos.

Durante a campanha eleitoral, Trump prometeu acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia em apenas um dia, antes mesmo de assumir o poder. Mas ele não explicou como alcançaria o objetivo.

Trump também sugeriu que seu governo poderia limitar a ajuda bilionária à Ucrânia, ao questionar os gastos porque, segundo ele, a guerra está em "ponto morto".

No front leste ucraniano, a Rússia conquistou centenas de quilômetros quadrados em outubro e ameaça cidades de importância estratégica, como Pokrovsk.

Além disso, o Exército russo intensificou desde o início de outubro os ataques com drones contra a capital ucraniana. Nesta quarta-feira, as tropas de Moscou foram ainda mais longe e lançaram este tipo de dispositivo ao lado de mísseis.

"As Forças Armadas russas lançaram um ataque combinado de mísseis e drones contra Kiev, pela primeira vez em 73 dias", destacou a administração militar da capital.
O ataque durou mais de duas horas, mas não provocou mortes graças aos sistemas de defesa antiaérea, acrescentaram as autoridades militares.

Manter o apoio

O atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tenta acelerar a entrega de ajuda militar à Ucrânia e pretende implementar mecanismos para que os europeus assumam o controle do auxílio.
Atualmente, restam 9,2 bilhões de dólares da verba orçamentária aprovada há alguns meses.

Do total, 7,1 bilhões de dólares procedem das reservas de armas americanas e US$ 2,1 bilhões devem financiar contratos de compra de armas, segundo o Pentágono.

Fontes do governo em Washington anteciparam que a administração pretende utilizar toda a verba.

A ministra alemãs das Relações Exteriores, Annalena Baerbock, fez um alerta sobre o risco de Putin aproveitar a transição política nos Estados Unidos para seu benefício.

Tudo que a Europa pode fornecer à Ucrânia "deve ser mobilizado agora", declarou Baerbock na segunda-feira.

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