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EUA: programa para refugiados sofre com prisão de iraquianos

Enquanto não há evidência de que os homens planejaram ataques nos EUA, legisladores republicanos destacam a fraqueza do programa

REUTERS/ (Kevin Lamarque/REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2016 às 17h32.

Los Angeles -- O programa para refugiados dos Estados Unidos foi alvo de novas críticas depois de autoridades federais revelarem que dois homens iraquianos presos sob acusações relacionadas ao terrorismo entraram no país como refugiados.

Enquanto ainda não há evidência de que os homens planejaram os ataques nos EUA, legisladores republicanos já preocupados com a capacidade do governo de banir apropriadamente refugiados sírios disseram que o caso destaca a fraqueza do programa.

"Quantas bombas-relógio vamos trazer neste programa para refugiados sem um sistema apropriado de veto?", indagou o republicado Michael McCaul, presidente do Comitê de Segurança da Pátria do Congresso, nesta sexta-feira.

Ele e outros legisladores republicanos incitaram o Senado a aprovar leis para barrar refugiados do Iraque e da Síria até que as triagens melhorem. A Casa aprovou um projeto em novembro.

O tumulto vem na sequência de debates fervorosos em Washington e nas campanhas presidenciais sobre endurecer as triagens de segurança após os ataques terroristas em Paris e em San Bernardino.

Os defensores da imigração dizem ter plena confiança no processo de veto e que dezenas de milhares de refugiados iraquianos foram instalados com sucesso sob o programa.

Na quinta-feira, autoridades federais da Califórnia acusaram Aws Mohammed Younis Al-Jayab, de 23 anos, residente de Sacramento, de viajar para a Síria com a finalidade de lutar, e mentir para oficiais americanos sobre isso. Al-Jayab entrou nos EUA como um refugiado em 2012, e comentou em uma rede social sobre como ele lutou contra o regime na Síria como um adolescente, dizem as autoridades.

No Texas, Omar Faraj Saeed Al Hardan, de 24 anos, residente de Houston, foi indiciado sob acusações de que teria tentado fornecer apoio material aos extremistas. Ambos os suspeitos são palestinos nascidos no Iraque.

Al Hardan se tornou um residente legalizado dos EUA em 2011 e entrou com o pedido de cidadania em 2014. Al Jayab foi entrevistado por oficiais de imigração em 2014 para concessão do seu green card e não revelou sua recente viagem a Síria, disseram as autoridades.

Fonte: Associated Press.

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