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EUA precisa fazer mais para controlar Ebola, diz Obama

“Se isso se espalhar não só pela África mas também para outras partes do mundo, existe a perspectiva de que o vírus sofra mutações", disse Obama


	Segundo a ONU, são necessários 600 milhões de dólares para enfrentar o surto de Ebola
 (Dominique Faget/AFP)

Segundo a ONU, são necessários 600 milhões de dólares para enfrentar o surto de Ebola (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de setembro de 2014 às 14h23.

Washington - Os EUA precisam fazer mais para ajudar a controlar o surto de Ebola na África Ocidental para impedir que se transforme numa crise global que um dia poderá ameaçar os norte-americanos, disse o presidente Barack Obama em entrevista transmitida neste domingo.

Obama afirmou ao programa da rede de TV NBC “Meet the Press” que há pouca probabilidade de a epidemia, que já matou 2.100 pessoas em cinco países africanos, se espalhar para os EUA em curto prazo.

Mas ele acrescentou que pode haver complicações se Washington e outras potências não enviarem equipamentos urgentemente necessários, profissionais de saúde pública e outros suprimentos para a região afetada.

“Se não fizermos esse esforço agora, e isso se espalhar não só pela África, mas também para outras partes do mundo, existe a perspectiva de que o vírus sofra mutações. Ele se tornaria mais facilmente transmissível,” disse Obama na entrevista, transmitida neste domingo.

“E então ele poderá ser um grave perigo para os EUA”, acrescentou.

A ONU disse na semana passada que são necessários 600 milhões de dólares para enfrentar o surto de Ebola.

“Teremos que usar recursos militares apenas para montar, por exemplo, unidades de isolamento e equipamentos lá, para fornecer segurança aos trabalhadores da saúde pública vindos de todo o mundo,” disse Obama na entrevista.

“Se fizermos isso, mesmo assim ainda vai levar meses antes que seja possível controlar esse problema na África”, disse.

O surto foi identificado pela primeira vez na Guiné, em março, e desde então se espalhou por grande parte da Libéria e Serra Leoa. Casos também foram registrados na Nigéria e Senegal. Não existem vacinas ou tratamentos aprovados contra o Ebola.

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