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EUA: pré-candidato republicano fica em apuros por nome racista em propriedade

Propriedade do político se chamava "Niggerhead", segundo o jornal Washington Post

Perry explicou em declarações ao jornal que seu pai cobriu com pintura a dita palavra quando teve oportunidade, em 1983 (Phelan M. Ebenhack/AFP)

Perry explicou em declarações ao jornal que seu pai cobriu com pintura a dita palavra quando teve oportunidade, em 1983 (Phelan M. Ebenhack/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2011 às 07h10.

Washington - O pré-candidato presidencial republicano e governador do Texas, Rick Perry, se viu em apuros neste domingo com a revelação de que um alojamento de caça utilizado por sua família no sul dos Estados Unidos era batizado com um nome racista.

O jornal Washington Post publicou em reportagem de capa que uma gigantesca pedra na entrada da propriedade que sua família alugava para passar as férias ainda exibe o nome "Niggerhead" ("cabeça de negro"), com o emprego da ofensiva palavra "nigger" para se referir aos negros.

O próprio Perry explicou em declarações ao jornal que seu pai cobriu com pintura a dita palavra quando teve oportunidade, em 1983.

No entanto, o jornal cita vários depoimentos de pessoas que afirmam que as letras continuaram visíveis durante muitos anos.

O jornal afirma que mesmo no último verão do Hemisfério Norte os convidados que frequentavam a propriedade podiam ler a palavra por baixo da pintura branca.

O uso dessa palavra, uma das mais pejorativas do léxico americano, suscitou condenações por parte do empresário conservador negro Herman Cain, que também aspira à nomeação de seu partido republicano para as eleições de 2012.

"Não há palavra mais vil e negativa do que a palavra com a letra N e o fato de ele ter deixado essa palavra à mostra por tanto tempo, para depois finalmente apagá-la, como fiquei sabendo, é algo simplesmente insensível em relação aos negros desse país", afirmou Cain à emissora Fox.

A equipe de campanha do governador teve de se defender com um comunicado do porta-voz, Ray Sullivan, no qual assegurou que "a palavra que outros escreveram tempos atrás é insensível e ofensiva e por isso a família Perry a cobriu rapidamente", completando que os Perry não eram donos da propriedade nem a batizaram.

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