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EUA planejam receber no máximo 45 mil refugiados no próximo ano

Governo americano decidiu a cifra depois de um debate acalorado entre autoridades que queriam um teto mais baixo e outras que desejavam um mais elevado

Refugiados nos Estados Unidos: plano de limitar as entradas a 45 mil pessoas já havia sido noticiado pelo jornal Wall Street Journal (David McNew/Getty Images)

Refugiados nos Estados Unidos: plano de limitar as entradas a 45 mil pessoas já havia sido noticiado pelo jornal Wall Street Journal (David McNew/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 09h32.

Washington - O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, planeja acolher no máximo 45 mil refugiados no próximo ano fiscal, que começa em 1º de outubro, disse um ex-funcionário do governo dos EUA na terça-feira, um teto que manterá os ingressos em seu nível mais baixo em mais de uma década.

A Casa Branca decidiu a cifra depois de um debate acalorado entre autoridades que queriam um teto mais baixo e outras que desejavam um mais elevado, afirmou o ex-funcionário, que falou sob condição de anonimato.

De um lado do debate ficaram autoridades que tendem a encarar o assunto pelo prisma da política doméstica, levando em conta o foco que Trump colocou na contenção da imigração durante a campanha presidencial de 2016.

Do outro estão especialistas em política externa que argumentam que receber refugiados nos EUA é vital para fazer com que outras nações mantenham suas fronteiras abertas.

O plano de limitar as entradas a 45 mil pessoas já havia sido noticiado pelo jornal Wall Street Journal.

O ex-funcionário, que era favorável a um número mais alto, contou que a decisão minará a capacidade norte-americana de persuadir países como Jordânia, Turquia e Líbano, que acolheram grandes levas de refugiados sírios, a continuar recebendo-os, e também de convencer nações doadoras a manter as contribuições financeiras para os refugiados.

"Não temos moral para desempenhar esse papel se cortarmos nossa própria assistência humanitária e se reduzirmos à metade nossa acolhida a refugiados", disse.

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