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EUA planejam ação contra assassinos de embaixador na Líbia

O NYT explica que desde o ataque ao consulado americano em Benghazi membros da elite militar dos EUA intensificaram os trabalhos de inteligência


	O presidente se comprometeu em levar à justiça os assassinos dos quatro funcionários
 (Jewel Samad/AFP)

O presidente se comprometeu em levar à justiça os assassinos dos quatro funcionários (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2012 às 21h50.

Washington - O Comando Conjunto de Operações Especiais dos Estados Unidos está reunindo informações detalhadas que poderiam ser utilizadas para matar ou capturar alguns dos suspeitos do ataque no qual morreu o embaixador do país na Líbia e outros três americanos, segundo informou nesta terça-feira o jornal ''The New York Times (NYT)''.

A publicação, que cita militares do alto escalão e membros da luta antiterrorista, explica que desde o ataque ao consulado americano em Benghazi membros da elite militar dos EUA intensificaram os trabalhos de inteligência.

''Os responsáveis pelas Operações Especiais aumentaram notavelmente seus esforços para localizar e reunir informações sobre vários membros da Ansar al Sharia e outros militantes vinculados com o braço da Al Qaeda no norte da África (Al Qaeda no Magreb Islâmico), que as autoridades americanas acreditam terem participado do planejamento e da execução do ataque'', segundo o NYT.

Recopilar as informações é o primeiro passo no processo, caso o presidente e comandante-chefe das Forças Armadas dos EUA, Barack Obama, ordene uma ação contra os responsáveis pelo ataque.

O presidente se comprometeu em levar à justiça os assassinos dos quatro funcionários, embora, segundo as fontes do jornal, ''não foi tomada nenhuma decisão sobre nenhum alvo potencial''.

O NYT afirma que o presidente tem várias opções e poderia ordenar uma operação com aviões não tripulados ou uma incursão de membros dos grupos de Operações Especiais como a ação que acabou com o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, em maio de 2011.

No entanto, o jornal adverte que ''todas as ações têm riscos consideráveis, tanto políticos quanto diplomáticos e físicos''.

O Comando Conjunto de Operações Especiais se encarrega de estudar as técnicas e os requisitos necessários para as operações secretas e trabalha junto com a agência de inteligência (CIA) para manter atualizada as informações de possíveis alvos terroristas no mundo todo.


O número de potenciais suspeitos que estão sendo investigados é desconhecido, embora segundo as fontes do jornal as autoridades líbias ''identificaram vários suspeitos de acordo com testemunhas, vídeos e fotografias da cena''.

O consulado dos EUA em Benghazi já tinha sido objeto de vários atentados e a missão diplomática na Líbia solicitou ''em repetidas ocasiões um aumento da segurança'', o que foi negado antes do ataque ao consulado, afirmaram hoje vários congressistas. Os mesmos enviaram uma carta à secretária de Estado, Hillary Clinton, pedindo explicações.

Na carta, liderada pelo congressista republicano Darrell Issa, os parlamentares garantem que o ataque foi ''o último de uma longa série de atentados a diplomatas ocidentais'' nos últimos meses e acrescentaram que ''nunca esteve claro, de acordo com os funcionários da Administração, que o ataque foi resultado de um protesto popular''.

Inicialmente, o governo americano explicou o ocorrido como uma consequência dos ''violentos protestos'' por causa da divulgação de um vídeo anti-Islã produzido nos EUA. Entretanto, na semana passada, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, garantiu em entrevista coletiva que o ataque se tratou de ''um ataque terrorista''.

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