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EUA pedem libertação de jornalista em poder das Farc

"O que a guerrilha deve fazer é libertar o jornalista incondicional'', diz a secretária de Estado americana para a América Latina

''Não vi se o presidente (colombiano, Juan Manuel) Santos respondeu ao anúncio das Farc'', disse Jacobson (AFP)

''Não vi se o presidente (colombiano, Juan Manuel) Santos respondeu ao anúncio das Farc'', disse Jacobson (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 19h17.

Washington - A secretária de Estado americana para a América Latina, Roberta Jacobson, pediu que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) libertem de forma ''incondicional'' o jornalista francês Romeo Langlois.

Em entrevista à Agência Efe, Jacobson reagiu ao último anúncio das Farc, que na segunda-feira condicionaram a libertação de Langlois à abertura de um debate sobre ''a liberdade de informar'' em torno do conflito armado na Colômbia.

''Não vi se o presidente (colombiano, Juan Manuel) Santos respondeu ao anúncio das Farc, mas o que a guerrilha deve fazer é libertar o jornalista incondicional'', destacou Jacobson, que falou com a Efe durante a Conferência das Américas realizada nesta terça-feira em Washington.

A alta funcionária, que evitou entrar em detalhes no tema por considerá-lo ''assunto interno'' da Colômbia, também rejeitou os ataques feitos na semana passada contra os EUA pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que anunciou que seu país se retiraria da CIDH - vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA).

''Estamos tristes porque o presidente Chávez acredita que uma instituição tão forte nas Américas, apoiada por todos os governos da região, seja uma ferramenta dos EUA, pois não é assim'', ressaltou a responsável de Washington para a América Latina.

Jacobson disse confiar que outros países não sigam o exemplo da Venezuela e permaneçam na Comissão. Ela considerou ainda que o pedido do Equador para que a sede da CIDH se transfira de Washington a outro país ''não dá o respeito que a instituição merece''.

''A CIDH tem sede nos EUA tal como a OEA, e para mim não há nenhuma razão para movimentá-la. Não acho que o simples fato de sua sede estar aqui signifique que a Comissão seja excessivamente influenciada pelos EUA'', declarou Jacobson.

O Equador argumentou que os Estados Unidos não deveriam ser a sede do organismo porque não ratificou a Convenção Interamericana de Direitos Humanos, que rege a CIDH, mas a funcionária respondeu que ''isso não deve realmente influir no lugar da sede''.

Perguntada durante a conferência se os EUA estariam dispostos a dialogar com outros países sobre a possível participação de Cuba na próxima cúpula, que será realizada no Panamá em 2015, Jacobson lembrou que ''resta muito tempo'' até então, mas não acredita que ''vá mudar'' a oposição ''por princípios'' de Washington à presença de Cuba.

''Temos um diálogo constante com todos os membros da OEA, mas isso não significa que vamos discutir qualquer coisa'', acrescentou.

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