Mundo

EUA pedem calma e prometem reação coordenada à Coreia do Norte

A Coreia do Sul alertou para uma "enorme retaliação" em caso de novos ataques

Grandes colunas de fumaça na ilha de Yeonpyeong (Str/AFP)

Grandes colunas de fumaça na ilha de Yeonpyeong (Str/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de novembro de 2010 às 21h17.

Washington - Os Estados Unidos fizeram na terça-feira um apelo por calma após o bombardeio norte-coreano contra uma ilha da Coreia do Sul, e prometeram uma reação "comedida e unificada" com as grandes potências, inclusive a China.

A Coreia do Norte lançou dezenas de foguetes contra o território sul-coreano, num dos mais graves incidentes desde o armistício que encerrou a Guerra da Coreia em 1953.

A Coreia do Sul alertou para uma "enorme retaliação" em caso de novos ataques. Mas os EUA, que têm cerca de 28 mil soldados estacionados na Coreia do Sul, minimizaram a chance de uma ação norte-americana imediata.

"Ainda estamos monitorando a situação e conversando com nossos aliados. Mas eu não diria que há algo que tenha sido iniciado como resultado do incidente", disse o coronel Dave Lapan, porta-voz do Pentágono.

O porta-voz do Departamento de Estado, Mark Toner, afirmou que os EUA buscarão uma coordenação diplomática com os países vizinhos da Coreia do Norte, inclusive a China, único aliado do isolado regime norte-coreano.

"Não vamos responder de modo vacilante", disse Toner.

A Casa Branca condenou duramente o incidente. O presidente norte-americano, Barack Obama, foi despertado às 3h55 (hora de Washington) para uma reunião de emergência e ficou indignado com o bombardeio, segundo a Casa Branca. Ele deveria conversar com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, de acordo com Bill Burton, porta-voz da Casa Branca.

"A Coreia do Norte tem um padrão de fazer as coisas que é provocativo. Este é um ato particularmente ultrajante", disse Burton a bordo do avião presidencial, acompanhando Obama numa visita a uma fábrica de automóveis em Indiana.

A Casa Branca disse que os principais responsáveis pela segurança nacional, inclusive os secretários de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton, devem se reunir com Obama para discutir a situação.

A Coreia do Sul reagiu militarmente aos disparos de terça-feira e despachou caças para a área, mas as forças dos EUA não participaram da mobilização sul-coreana, segundo uma fonte norte-americana.

Os mercados globais caíram em reação à escalada da tensão na península. Nos EUA, os principais índices mercantis, como o Dow Jones, tiveram queda de cerca de 1,5 por cento, num momento em que a busca dos investidores por segurança causou uma alta do ouro e do dólar.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do SulEstados Unidos (EUA)GuerrasPaíses ricos

Mais de Mundo

Israel e Hezbollah estão a poucos dias de distância de um cessar-fogo, diz embaixador israelense

Exportações da China devem bater recorde antes de guerra comercial com EUA

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, é eleito presidente do Uruguai

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai