Soldado patrulha bloqueio em Sana, no Iêmen (REUTERS/Khaled Abdullah)
Da Redação
Publicado em 6 de agosto de 2013 às 07h06.
Washington - Os Estados Unidos pediram nesta terça-feira que seus cidadãos deixem o Iêmen "imediatamente", além de ordenar a saída do pessoal governamental não imprescindível devido a uma séria ameaça terrorista no país árabe.
"Os cidadãos americanos que se encontram atualmente no Iêmen devem sair", diz uma nota divulgada no site do Departamento de Estado americano, na qual se acrescenta que a possibilidade de ataques terroristas no Iêmen é elevada.
A advertência de Washington acontece após o fechamento, no domingo passado, de várias embaixadas e consulados dos EUA no Oriente Médio e África devido às ameaças de atentados da Al Qaeda.
Os EUA "pedem aos cidadãos americanos que não viajem para o Iêmen e aos que vivem ali, que deixem imediatamente o país", acrescentou o comunicado, que insistiu que o nível da ameaça contra a segurança é "extremamente alto".
"As organizações terroristas, inclusive a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), continuam ativas ao longo de todo Iêmen", advertiu o Departamento de Estado.
Pelo menos quatro supostos membros da AQPA, considerado uns dos grupos mais ativos da rede fundada por Osama bin Laden, morreram hoje no ataque de um avião não-tripulado dos EUA no norte do Iêmen.
A interceptação de várias mensagens em que o líder da Al Qaeda, Ayman al Zawahiri, ordenava um ataque no último domingo, foi o que motivou a decisão de se fechar as embaixadas, disseram fontes oficiais ao jornal "The New York Times".
Zawahiri, que lidera a organização desde a morte de Osama bin Laden, mencionou especificamente o domingo como o dia para os ataques em várias mensagens eletrônicas dirigidas a Nasser al Wuhayshi, o líder da Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) com sede no Iêmen, afirmaram ao jornal funcionários americanos.
As fontes, que pediram o anonimato, não deram mais detalhes sobre o conteúdo das mensagens e quais os lugares que estavam especialmente ameaçados.
Os Estados Unidos fecharam no domingo, dia útil no mundo muçulmano, 22 embaixadas e consulados, a maioria no Oriente Médio e na África, devido a essa ameaça, a "mais séria" dos últimos anos, segundo vários senadores.
Além disso, o Departamento de Estado americano anunciou no domingo que 19 sedes diplomáticas, entre elas as de Jordânia, Iêmen e Egito, permanecerão fechadas até o próximo sábado por precaução, enquanto outras, como as de Afeganistão e Iraque, funcionaram ontem normalmente.