Uma seção da ponte Francis Scott Key repousa na água ao lado do navio porta-contêineres Dali, em Baltimore, em 13 de maio de 2024 (Agence France-Presse/AFP)
Agência de notícias
Publicado em 18 de setembro de 2024 às 15h41.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou nesta quarta-feira, 18, uma ação judicial para cobrar mais de US$ 100 milhões (cerca de R$ 550 milhões) ao proprietário e operador singapurenses do cargueiro que destruiu uma ponte em Baltimore.
O navio denominado "Dali", com bandeira de Singapura e 300 metros de comprimento, colidiu com a ponte Francis Scott Key em 26 de março, causando o desabamento da instalação e as mortes de seis trabalhadores que nela estavam.
A ação civil contra as empresas Grace Ocean Private e Synergy Marine Private foi apresentada no tribunal distrital de Maryland.
"O Departamento de Justiça está comprometido em garantir a responsabilização daqueles responsáveis pela destruição da ponte Francis Scott Key", disse o procurador-geral americano, Merrick Garland, em uma declaração.
A ação visa recuperar mais de US$ 100 milhões em custos incorridos em resposta ao desastre, além de remover toneladas de destroços resultantes da colisão, acrescentou.
O navio porta-contêineres perdeu potência ao sair do porto de Baltimore em direção ao Sri Lanka e colidiu com uma coluna de suporte da ponte Francis Scott Key.
A ação ocorre após Grace Ocean e Synergy Marine terem tomado ações legais por conta própria no início do ano, buscando limitar sua responsabilidade a US$ 44 milhões (R$ 241 milhões).
O Departamento de Justiça não pede danos e prejuízos por eventuais custos na reconstrução da ponte, pelos quais o estado de Maryland provavelmente apresentará uma ação separada.
O canal de Fort McHenry, que leva ao porto de Baltimore, um centro-chave para a indústria automobilística, reabriu à navegação comercial em 10 de junho.