Fumaça sai dos prédios do WTC: Muhsin al Fadhli foi um dos poucos líderes da Al Qaeda que recebeu informação antecipada do plano de ataque contra os EUA em 11 de setembro de 2001 (©AFP/Getty Images / Craig Allen)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 18h48.
Washington - Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que vão oferecer US$ 12 milhões por informações que levem à captura de dois líderes da Al Qaeda que operam no Irã e que, segundo Washington, apoiam os extremistas na Síria e enviam recrutas para Iraque e Afeganistão.
O Departamento de Estado dos EUA autorizou uma recompensa de até US$ 7 milhões por pistas sobre o paradeiro de Muhsin al Fadhli, um dos líderes e responsável pelas finanças da rede, e outros 5 milhões por seu "número dois", Adel Radi Saqr al Wahabi al Harbi.
"Ambos são procurados pelas autoridades sauditas por suas atividades terroristas, e Fadhli é requerido pelas autoridades do Kuwait por acusações relacionadas com o terrorismo", afirmou o Departamento de Estado em comunicado.
Fadhli foi um dos poucos líderes da Al Qaeda que recebeu informação antecipada do plano de ataque contra os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, segundo o comunicado, e reuniu fundos para financiar o ataque de 2002 contra o navio francês MV Limburg no litoral do Iêmen, que resultou em uma morte e quatro feridos.
"Elementos da Al Qaeda no Irã, liderados por Fadhli, estão trabalhando para transportar guerreiros e dinheiro através da Turquia para apoiar os elementos filiados à Al Qaeda na Síria", afirma o comunicado.
Já Harbi é acusado de "facilitar a viagem de extremistas da Al Qaeda para Afeganistão e Iraque através do Irã e é suspeito de ter buscado fundos para dar apoio aos ataques" dessa rede terrorista.
A oferta de recompensa coincidiu com a inclusão de Harbi na lista negra de indivíduos terroristas do Departamento do Tesouro, que congela qualquer propriedade que ele tenha nos Estados Unidos.
Fadhli faz parte dessa mesma lista de sanções desde fevereiro de 2005.