Barack Obama: "Não há planos imediatos ou específicos para fazer isso", disse porta-voz (Nicholas Kamm/AFP)
Da Redação
Publicado em 11 de junho de 2015 às 16h35.
Washington - A Casa Branca negou nesta quinta-feira que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha planos "imediatos" de instalar no Iraque mais bases onde treinar as forças de segurança locais, depois que um alto comando militar indicou que essa possibilidade está sendo avaliada.
"Não há planos imediatos ou específicos para fazer isso", comentou em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, em alusão aos comentários do chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, o general Martin Dempsey.
A bordo de seu avião na Itália, Dempsey disse aos jornalistas que os EUA estão considerando estabelecer bases adicionais no Iraque para treinar e assessorar as forças de segurança locais que lutam contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), segundo o jornal "The New York Times".
A Casa Branca indicou ontem que Obama autorizou enviar até 450 militares adicionais ao Iraque e estabelecer uma nova base de treino na província de Al-Anbar.
Esta será a quinta base e se unirá a outros quatro centros de treino no país, onde já foram capacitados mais de 9 mil soldados locais e outros 3 mil estão atualmente em formação, de acordo com os EUA.
Earnest comentou hoje que se, "hipoteticamente", Obama receber uma recomendação a respeito dos altos comandantes militares e decidir abrir uma nova base, faria porque as que estão em funcionamento foram "úteis" para o propósito de apoiar as forças iraquianas contra o EI.
Enquanto isso, o assessor adjunto de segurança nacional de Obama, Ben Rhodes, comentou à emissora "NBC" que a Casa Branca "não descarta" estabelecer mais bases de treino no futuro.
O novo contingente anunciado ontem elevará a 3.550 o número total de instrutores militares americanos desdobrados no Iraque para treinar e assessorar as forças de segurança locais que lutam contra o EI.
A última vez que houve um aumento de tropas foi em novembro, quando Obama decretou o envio de 1,5 mil soldados adicionais, e esta nova autorização ocorre após meses de avaliações sobre como reforçar a estratégia contra o EI, particularmente por causa da perda em maio de Ramadi, capital da província sunita de Al-Anbar.
Segundo o Pentágono, o aumento do número de soldados e a nova base de treino em Al-Anbar "não representam uma mudança na missão" americano no Iraque.
Na mesma linha, a Casa Branca insiste que desenvolver uma operação de combate e em grande escala com tropas americanas no Iraque é algo que Obama segue descartando.