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EUA não esclarecem se espionaram telefone de Angela Merkel

Barack Obama falou ontem por telefone com Merkel e lhe assegurou que suas comunicações não estão sendo espionadas e nem serão no futuro


	Angela Merkel: segundo o jornal "Die Welt", a inteligência alemã suspeita que os Estados Unidos grampearam um celular que chanceler alemã usou
 (REUTERS/Charles Platiau)

Angela Merkel: segundo o jornal "Die Welt", a inteligência alemã suspeita que os Estados Unidos grampearam um celular que chanceler alemã usou (REUTERS/Charles Platiau)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 14h57.

Washington - O governo dos Estados Unidos não esclareceu nesta quinta-feira se espionou ou não um telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel, mas reiterou que atualmente não está monitorando suas comunicações nem pretende fazer isso no futuro.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, evitou em sua entrevista coletiva diária responder à pergunta se a inteligência americana espionou no passado um telefone celular de Merkel e argumentou que o governo não vai falar "publicamente" a respeito.

Segundo o jornal "Die Welt", a inteligência alemã suspeita que os Estados Unidos grampearam um celular que Merkel utilizou entre outubro de 1999 e o último mês de julho.

O número desse telefone, acrescenta o jornal, aparece nos documentos do ex-analista da NSA, Edward Snowden, que vive refugiado na Rússia após revelar o programa de espionagem em massa dos EUA e pedir asilo em Moscou.

"Deixamos claro que os Estados Unidos reúnem inteligência no exterior assim como fazem todas as nações", declarou Carney.

O porta-voz lembrou que o presidente Barack Obama falou ontem por telefone com Merkel e lhe assegurou que suas comunicações não estão sendo espionadas e nem serão no futuro.

"Sob a direção do presidente, estamos revisando a forma como recopilamos inteligência para garantir que há um equilíbrio adequado entre as preocupações de segurança de nossos cidadãos e aliados e as relativas à privacidade", disse Carney.

O porta-voz sustentou que, no que diz respeito a "denúncias concretas", existe "comunicação direta através de canais diplomáticos no mais alto nível" com "bons aliados" como a Alemanha.

Também admitiu a "tensão" que as revelações de Snowden sobre o modo de operar da inteligência americana provocaram nas relações com países de todo o mundo, entre eles Alemanha, França, México e Brasil. 

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