EUA: Temos que olhar primeiro por que há armas químicas quando a Rússia foi quem aprovou a retirada de todas elas, afirmou o Pentágono (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de abril de 2018 às 12h11.
Washington - O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, afirmou nesta segunda-feira que "não descarta" ações militares contra a Síria após as informações sobre o ataque químico deste sábado na cidade síria de Duma atribuído às tropas do presidente Bashar Al Assad.
"Não descarto nada atualmente", disse Mattis após ser perguntado sobre possíveis represálias militares contra o regime de Assad, em resposta ao ocorrido em Duma, nos arredores de Damasco.
Mattis fez estas declarações no início do seu encontro com o emir do Catar, Tamim Bin Hamad Al-Thani, no Pentágono.
"Temos que olhar primeiro por que há armas químicas quando a Rússia foi quem aprovou a retirada de todas elas, e por isso, com nossos parceiros e aliados, desde a Otan ao Catar e em outros lugares, vamos encarar este assunto", acrescentou o chefe do Pentágono.
As palavras de Mattis se produzem depois que o presidente americano, Donald Trump, prometeu que os responsáveis pelo ataque pagarão um "alto preço".
Many dead, including women and children, in mindless CHEMICAL attack in Syria. Area of atrocity is in lockdown and encircled by Syrian Army, making it completely inaccessible to outside world. President Putin, Russia and Iran are responsible for backing Animal Assad. Big price...
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 8, 2018
"Muitos mortos, inclusive mulheres e crianças, em um ataque QUÍMICO sem sentido na Síria. A área das atrocidades está bloqueada e cercada pelo exército sírio, por isso está completamente inacessível para o mundo exterior. O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por respaldarem o animal de Assad", disse ontem o presidente americano em sua conta no Twitter.
Duma é o último reduto insurgente em Ghouta Oriental, antigamente o principal bastião opositor dos arredores de Damasco, onde as autoridades sírias iniciaram em fevereiro uma ofensiva, na qual tomaram quase todo seu controle.