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EUA não conseguem reunir todas as famílias com crianças menores de 5 anos

O governo americano conseguiu reunir 57 famílias com crianças menores de 5 anos até esta quinta, mas 46 ainda aguardam

De acordo com o governo, muitas crianças ainda não foram reunidas com seus pais por questões de segurança (Daniel Becerril/Reuters)

De acordo com o governo, muitas crianças ainda não foram reunidas com seus pais por questões de segurança (Daniel Becerril/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de julho de 2018 às 11h27.

Washington - O Governo americano reuniu 57 crianças menores de cinco anos com seus pais e deixou outras 46 em espera por diferentes motivos depois de não cumprir com o prazo dado pela Justiça para realizar a reunificação de 103 menores que foram separados de suas famílias na fronteira com o México.

"As reunificações iniciais terminaram. Durante todo o processo de reunificação, nosso objetivo foi o bem-estar das crianças e o regresso a um entorno seguro", indicaram em comunicado conjunto o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar; o procurador-geral, Jeff Sessions, e a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen.

Os três membros da Administração do presidente americano, Donald Trump, asseguraram que os procedimentos "cuidadosos" de reunificação familiar preveniram que as crianças fossem reunidas com um "suposto assassino", um adulto "condenado por abuso infantil" e maiores de idade que não são seus pais biológicos.

De fato, o Governo informou em sua nota que não pôde reunificar 46 menores porque seus pais têm "antecedentes criminais graves", foram deportados ou estão presos, entre outras questões.

Na lista detalhada pelo Departamento de Saúde aparecem 22 menores de cinco anos que não foram entregues aos seus progenitores por "motivos de segurança".

De acordo com a lista, 11 pais têm "antecedentes criminais graves", incluindo penas por crueldade infantil, sequestro, assassinato, contrabando humano e violência doméstica.

Além disso, sete adultos que reivindicaram os bebês não eram os pais biológicos, um falsificou uma certidão de nascimento, outro foi condenado por abuso infantil e outro está sendo tratado por uma doença contagiosa.

Por outro lado, 24 crianças não podem ser devolvidas aos seus pais "devido a várias circunstâncias", segundo o Governo.

No total, 12 deles já foram deportados, nove estão presos por "outros crimes", dois se encontram sob custódia em prisões estatais e um deles está em paradeiro desconhecido.

Cerca de 3 mil menores foram separados de seus pais desde que em abril deste ano a Casa Branca decidiu adotar uma política de "tolerância zero" contra os imigrantes que entravam no país irregularmente pela fronteira com o México, medida que acabou sendo suspensa em meados do mês passado pelas enormes críticas suscitadas.

No entanto, o juiz federal Dana Sabraw determinou no final de junho que o Governo deveria reunificar estas famílias e deu 14 dias de prazo à Administração para cumprir com a sentença no caso dos menores de 5 anos, que expirou na terça-feira, e de 30 dias para os maiores dessa idade.

Por este motivo, nas últimas semanas as autoridades estiveram trabalhando contra-relógio para poder certificar a relação familiar dos menores e dos progenitores, o que levou à Administração a destinar um equipe de 230 pessoas para realizar provas de DNA que permitissem estabelecer o parentesco.

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