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EUA mudam embaixada em Israel e tensão se consolida no Oriente Médio

ÀS SETE - O presidente dos EUA anunciou a mudança da sua embaixada em Israel para a cidade de Jerusalém, como ato de reconhecimento do estado

Embaixada: a mudança pode ser uma guinada na influência e na força política e internacional de Israel no Oriente Médio

Embaixada: a mudança pode ser uma guinada na influência e na força política e internacional de Israel no Oriente Médio

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2018 às 06h25.

Última atualização em 14 de maio de 2018 às 09h25.

Os Estados Unidos iniciam nesta segunda-feira o processo de mudança de sua embaixada em Israel para a cidade de Jerusalém. A mudança faz parte do processo de reconhecimento da cidade sagrada como capital de Israel, realizada pelo presidente americano, Donald Trump, em dezembro do ano passado. Junto a ele, o Paraguai e a Guatemala também afirmaram que vão mudas suas embaixadas para um novo endereço.

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A mudança está marcada para o mesmo dia em que se comemoram os 70 anos da fundação do estado de Israel, e contará com a presença da filha de Trump, Ivanka Trump, e o Conselheiro sênior da Casa Branca, Jared Kushner.

O evento será simples: os dois irão a Jerusalém Oriental – parte controlada por Israel – para inaugurar uma placa que informa que o consulado dos Estados Unidos agora será a embaixada do país.

Alvo de polêmicas e de críticas internacionais, a mudança pode ser uma guinada na influência e na força política e internacional de Israel no Oriente Médio, uma vez que o país já ocupa a parte oriental da cidade, mas é acusado de promover a ocupação total da cidade sem o reconhecimento internacional.

Além das formalidades políticas e diplomáticas, a decisão trouxe consequências reais para a tensão entre Palestina e Israel. Com o anúncio da decisão, grupos muçulmanos e parte da população palestina voltaram às ruas para se manifestar de forma mais intensa. O resultado foram dezenas de mortes (a ONU contabiliza mais de 42), centenas de detenções e muitas cenas de guerras.

Com um histórico de instáveis processos de paz, a cidade de Jerusalém – que é considerada sagrada para islâmicos, judeus e cristãos – era o ponto nevrálgico da relação entre os Estados.

Em dezembro, o coordenador especial da ONU, Nickolay Mladenov, afirmou que somente uma “negociação entre as duas partes” poderia decidir o futuro da cidade.

A mudança das embaixadas, portanto, simboliza mais uma passo na escalada de tensões na região, que ganhou força na semana passada quando os Estados Unidos abandonaram o acordo nuclear com o Irã.

Horas depois, Israel bombardeou alvos do Irã na Síria. Nesta segunda-feira, 20 palestinos ficaram feridos em confrontos com soldados israelenses. Novos protestos devem acontecer ao longo do dia.

A mudança da embaixada não poderia vir em momento mais simbólico.

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