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EUA mostram preocupação com situação no Egito

Governo americano classificou a repressão aos protestos como profundamente preocupante" e pressionou por reformas democráticas

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, conversou com o governo egípcio (Michael Nagle/Getty Images)

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, conversou com o governo egípcio (Michael Nagle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2011 às 10h37.

Washington - O governo dos EUA disse nesta sexta-feira que a situação no Egito é "profundamente preocupante", e pediu ao Executivo egípcio que respeite os direitos fundamentais, evite a violência e desbloqueie os sistemas de comunicação.

"Os eventos em andamento no Egito são profundamente preocupantes. É preciso respeitar os direitos fundamentais, evitar a violência e permitir as comunicações abertas", afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Philip Crowley, em mensagem no Twitter.

"O Governo egípcio deve ver seus cidadãos como parceiros e não como uma ameaça", ressaltou.

O porta-voz reiterou que, nesse sentido, é "vital" que o Egito faça reformas, a fim de impulsionar o bem-estar de seus cidadãos a longo prazo.

Na noite de quinta-feira, Crowley também enviou uma mensagem por Twitter na qual assinalou que o Governo estava "preocupado" pelo bloqueio no Egito dos serviços de comunicação, entre eles a internet.

"Estamos seguindo de perto a situação no Egito. Pedimos que as autoridades mantenham a calma e permitam manifestações pacíficas", assinalou.

A preocupação é tanta que a secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, conversou na noite desta quinta-feira com o ministro de Assuntos Exteriores egípcio, Ahmed Aboul Gheit, para pedir que o Governo demonstre contenção e fomente o diálogo, além de oferecer o apoio de Washington a futuras reformas, indicou Crowley.

Mais de 300 pessoas foram presas nesta quarta-feira durante os protestos políticos registrados no Cairo, que deixaram três mortos e 120 feridos, disseram à Agência Efe fontes dos serviços de segurança.

Os protestos começaram na terça-feira passada para exigir reformas políticas e pedir a derrogação da Lei de Emergência, vigente desde 1981. Com o tempo, as revoltas se transformaram em uma rejeição total ao regime de Mubarak e os manifestantes exigem sua saída do poder.

As comunicações pela Internet estão bloqueadas desde as primeiras horas desta sexta-feira, e também não é possível enviar mensagens por telefones celulares, como pôde comprovar a Efe.

Até o momento, as manifestações deixaram sete mortos, entre manifestantes e policiais, tanto no Cairo como na cidade de Suez.

Além disso, dezenas de pessoas ficaram feridas e centenas foram detidas. Pelo menos em 40 casos os presos enfrentam acusações que incluem tentativa de derrubar o regime.

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