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EUA monitoraram ligações de 35 líderes mundiais

A revelação chega em meio a tensões diplomáticas pelo grampo da chanceler alemã Angela Merkel, revelado agora, semanas após a divulgação de espionagem dos telefonemas da presidente Dilma Rousseff


	Angela Merkel: evelação chega em meio a tensões diplomáticas perante as suspeitas que os serviços secretos americanos grampearam o telefone celular da chanceler alemã
 (Fabrizio Bensch/Reuters)

Angela Merkel: evelação chega em meio a tensões diplomáticas perante as suspeitas que os serviços secretos americanos grampearam o telefone celular da chanceler alemã (Fabrizio Bensch/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 17h43.

Londres - A Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) espionou as ligações telefônicas de 35 líderes mundiais, garantiu nesta quinta-feira o jornal britânico "The Guardian" a partir de um documento vazado pelo ex-agente desse organismo americano, Edward Snowden.

No memorando confidencial, com data de 2006 e que não detalha a identidade desses líderes, a NSA encoraja funcionários em departamentos sensíveis como a Casa Branca e o Pentágono a compartilhar seus contatos para poder acrescentar os números de telefone de políticos estrangeiros a seus sistemas de vigilância.

O documento relata que um funcionário entregou à agência cerca de 200 números de telefones, incluídos os de 35 líderes mundiais.

A revelação chega em meio a tensões diplomáticas perante as suspeitas que os serviços secretos americanos grampearam o telefone celular da chanceler alemã, Angela Merkel.

O relatório confidencial publicado pelo "The Guardian" sugere que a suposta espionagem à chanceler alemã não teria sido um fato fortuito, já que a NSA pode ter interceptado de maneira rotineira as comunicações de líderes mundiais, entre eles a própria Merkel.

O documento, datado em outubro de 2006, estava destinado aos trabalhadores do departamento de Direção de Sinais de Inteligência (SID, em inglês) da agência.

O texto vazado por Snowden descreve como os funcionários com alguma relação com políticos e líderes mundiais podem ajudar à NSA.

"Em um caso recente", relata o documento, "um funcionário proporcionou à NSA 200 números de telefone de 35 líderes mundiais (...) Apesar de a maioria deles estar disponível através de fontes abertas, os PCs (centros de produção de inteligência) detectaram 43 números não conhecidos até então", indica o documento.

Apesar de o texto assegurar que a espionagem sobre esses números produziu "pouca" informação de inteligência, também esclarece que os telefones proporcionados pelo funcionário serviram para descobrir novos contatos para acrescentar ao sistema de monitoramento. 

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