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Da Redação
Publicado em 4 de março de 2011 às 11h28.
Atenas - Os Estados Unidos mobilizaram vários aviões e efetivos militares em sua base militar na ilha grega de Creta, no sudeste do Mediterrâneo, como parte de um plano de preparação para uma eventual missão na Líbia.
As declarações foram dadas à Agência Efe por uma fonte do Ministério da Defesa grego que pediu o anonimato nesta sexta-feira.
Além disso, a embarcação americana USS Kearsarge chegou na quarta-feira à base naval grega acompanhado por rebocadores, informou nesta sexta-feira de Creta a agência de notícias grega "ANA".
Ao todo, 77 oficiais e 1,1 mil marinheiros viajam a bordo desse navio que transporta aviões, helicópteros e barcos anfíbios. Além disso, a embarcação leva foguetes Sea Sparrow e Rolling Airframe, assim como sistemas antiaéreos Phalanx.
Também conta com uma unidade médica para atender a 600 pacientes.
A presença da embarcação de guerra na ilha provocou o protesto de parte da população e do Partido Comunista da Grécia (KKE), que convocou para esta sexta-feira uma manifestação na praça central da cidade de Hania.
"Atualmente na região se encontram seis aviões C-130 americanos, dois C-160 alemães e dois aviões de reconhecimento RC 135 americanos", informou a fonte do Ministério da Defesa em referência às notícias sobre movimentos de soldados e material bélico em território grego.
Um destacamento de 400 marines chegou na quarta-feira à base dos EUA para ser trasladado a navios de guerra no Mediterrâneo.
"Os EUA não têm tropas na Líbia, mas se encontram em estado de alerta", disse à Efe um porta-voz da embaixada americana em Atenas, em relação à chegada dessas unidades de Infantaria da Marinha à ilha de Creta.
A embaixada informou que "os EUA estão mobilizando tropas e equipamento naval na região, para estar preparados e dar opções ao presidente (americano, Barack Obama)", acrescentou o porta-voz.
Outra fonte do Governo grego revelou que atualmente "se encontram mobilizadas no Mediterrâneo forças navais com quatro navios de guerra americanos, dois alemães, quatro franceses, quatro italianos e um chinês".
O ministro da Defesa grego declarou na quinta-feira no Parlamento que "não há razão para iniciar uma intervenção militar contra a Líbia a partir da base naval grega, já que há uma força americana mobilizada no Mediterrâneo".
Ele acrescentou que o movimento de tropas e de navios e aviões na região "está sob a constante supervisão de um oficial grego".
Por sua vez, o ministro das Relações Estrangeiras, Dimitris Drutsas, ressaltou que Atenas cumprirá com as obrigações que ditam os acordos internacionais em relação às resoluções da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e da ONU.