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EUA manterão Sudão em lista de terroristas

Sudão entrou para a lista americana em 1993 sob o governo de Bill Clinton, arrasando sua economia

Sudão: governo Trump suspendeu as negociações para normalizar as relações entre os dois países após os militares derrubarem o ditador Omar al-Bashir na semana passada (Ala Kheir//Getty Images)

Sudão: governo Trump suspendeu as negociações para normalizar as relações entre os dois países após os militares derrubarem o ditador Omar al-Bashir na semana passada (Ala Kheir//Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de abril de 2019 às 07h07.

Última atualização em 17 de abril de 2019 às 07h09.

São Paulo - Os Estados Unidos não removerão o Sudão da lista dos países que financiam o terrorismo até que os militares deixem o poder, informou o Departamento de Estado ontem. O Sudão entrou para a lista americana em 1993 sob o governo de Bill Clinton, arrasando sua economia.

O governo Trump suspendeu as negociações para normalizar as relações entre os dois países após os militares derrubarem o ditador Omar al-Bashir na semana passada. Os militares disseram que conduzirão um governo de transição, de dois anos, seguido por eleições.

A guinada foi rejeitada pelos manifestantes, que por meses pressionam pela saída de Bashir e um por um governo civil. Eles endureceram sua posição ontem e pediram a dissolução do Conselho Militar de Transição e sua substituição imediata por civis, durante um novo protesto diante do quartel-general do Exército.

Na segunda-feira, a União Africana ameaçou suspender a participação do Sudão, se o Exército não ceder o poder a uma "autoridade política civil" dentro de 15 dias. Vários países ocidentais também pediram às autoridades que não recorram à violência para dispersar as manifestações. Pelo menos 65 pessoas morreram desde o início dos protestos, segundo um balanço oficial.

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