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EUA mantêm Cuba em lista de países que patrocinam terrorismo

EUA mantiveram Cuba junto ao Irã, Sudão e Síria em sua lista de países que patrocinam o terrorismo


	O presidente de Cuba, Raúl Castro: lista ressalta que Cuba deu refúgio "há anos" a membros do ETA e guerrilheiros das Farc
 (REUTERS/Enrique De La Osa)

O presidente de Cuba, Raúl Castro: lista ressalta que Cuba deu refúgio "há anos" a membros do ETA e guerrilheiros das Farc (REUTERS/Enrique De La Osa)

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Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 14h10.

Washington - Os Estados Unidos mantiveram nesta quarta-feira Cuba junto ao Irã, Sudão e Síria em sua lista de países que patrocinam o terrorismo, apesar de considerar que a ilha afroxou em 2013 seus "laços" com o grupo basco ETA e que não proporciona armas e nem treino paramilitar para grupos terroristas.

A lista, incluída no relatório anual sobre o terrorismo no mundo que foi apresentado hoje pelo Departamento de Estado, ressalta que Cuba deu refúgio "há anos" a membros do ETA e guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), apesar de reconhecer seu papel mediador no processo de paz colombiano.

Cuba integra a lista desde 1982, o que representa a imposição de sanções como a proibição da venda e exportação de armas, proibição de ajuda econômica e restrições às transações financeiras entre cidadãos.

Segundo o relatório de 2013, durante o último ano houve "fatos que indicam que os laços de Cuba com a ETA ficaram mais distantes, e que ao redor de oito das duas dúzias de membros da ETA em Cuba mudaram de localização com a cooperação do governo espanhol".

Os Estados Unidos reconheceram que "ao longo de 2013, o governo de Cuba apoiou e abrigou as negociações entre as Farc e o governo da Colômbia destinadas a facilitar um processo de paz entre os dois".

"O governo de Cuba facilitou a viagem de representantes das Farc a Cuba para participar destas negociações, em coordenação com representantes dos governos da Colômbia, Venezuela e Noruega, assim como a Cruz Vermelha", aponta o relatório.

O documento assinala, além disso, que "não há indícios de que o governo de Cuba tenha proporcionado armas ou treino paramilitar a grupos terroristas", como indicaram também os relatórios dos dois últimos anos.

No entanto, o Departamento de Estado assegura que o governo cubano "seguiu proporcionando refúgio a fugitivos procurados pelos EUA, e deu apoio ao facilitar um teto, porções de alimentos, livros e cuidados médicos".

A inclusão de Cuba na lista foi alvo em janeiro da condenação de todos os países da América Latina e Caribe, que expressaram sua rejeição a essa medida na II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) em Havana.

Coreia do Norte, Iraque e Líbia desapareceram da lista na última década, algo pelo qual os Estados Unidos exigem contar com um compromisso do governo em questão, que não tem intenção de se envolver ou apoiar o terrorismo no futuro.

Quanto ao Irã, incluído como patrocinador do terrorismo desde 1984, os EUA afirmam que "continuou sua atividade" relacionada com esses pontos em 2013, ao "apoiar o Hezbollah e grupos terroristas palestinos em Gaza", e "aumentou sua presença na África", além de "tentar fazer chegar armas" a separatistas no Iêmen e Bahrein.

Com relação à Síria, o país indica que "continuou seu apoio político a uma diversidade de grupos terroristas que afetam a estabilidade da região", e apesar da guerra proporcionou armas e apoio ao Hezbollah e que sua relação com esse grupo libanês e com o Irã "se fortaleceu em 2013 enquanto seguia o conflito na Síria".

Já o Sudão, incluído desde 1993, os Estados Unidos reconheceram que cooperou no ano passado na luta antiterrorista, mas continua sendo "base logística" de membros de "grupos inspirados em Al Qaeda" e há relatórios de sudaneses "participando de grupos e atividades terroristas" em países como Somália e Mali.

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