Mundo

EUA mantêm Cuba em lista de países que patrocinam terrorismo

Apesar de reconhecer que não há evidência de que Cuba dê armas a grupos terroristas, EUA dizem que país continua proporcionando refúgio a vários membros da ETA


	Homem anda de bicicleta em Havana: alguns meios de comunicação indicaram que o Departamento de Estado chegou a cogitar retirar Cuba da lista
 (Adalberto Roque/AFP)

Homem anda de bicicleta em Havana: alguns meios de comunicação indicaram que o Departamento de Estado chegou a cogitar retirar Cuba da lista (Adalberto Roque/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2013 às 16h05.

Washington - Os Estados Unidos mantêm Cuba junto com Irã, Sudão e Síria em sua lista de países que patrocinam o terrorismo, segundo o relatório anual sobre o terrorismo no mundo apresentando nesta quinta-feira pelo Departamento de Estado.

O governo americano assinala que Cuba, incluída na lista desde 1982, 'continua proporcionando refúgio a vários membros da ETA' e 'em anos passados' permitiu que guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se refugiassem na ilha ou transitassem por ela com destino a outros países.

O relatório reconhece, no entanto, que 'não há indicações de que o governo de Cuba proporcione armas ou treinamento paramilitar a grupos terroristas', como havia informado em seu relatório de 2011.

'Relatórios de 2012 sugeriram que o governo cubano estava tentando distanciar-se dos membros da ETA que vivem na ilha com táticas como não proporcionar serviços, inclusive documentos de viagem, a alguns deles', assinala o documento.

Cuba seguiu, além disso, 'refugiando fugitivos procurados nos Estados Unidos', aos quais proporciona casa, comida e atendimento médico, segundo o relatório, que lembra que em 2012 o país se comprometeu a lutar contra o terrorismo e a lavagem de dinheiro em seu território.

No último mês de fevereiro, alguns meios de comunicação indicaram que o Departamento de Estado cogitava retirar Cuba da lista, mas desde então vários legisladores pressionaram o governo de Barack Obama para que não desse esse passo, que, segundo ativistas e analistas, abriria o caminho a uma melhora de relações com a ilha.

Estar nesta lista inclui sanções como a proibição de venda e exportação de armas e a proibição de ajuda econômica. EFE

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaEstados Unidos (EUA)Países ricosTerrorismo

Mais de Mundo

Yamandú Orsi, da coalizão de esquerda, vence eleições no Uruguai, segundo projeções

Mercosul precisa de "injeção de dinamismo", diz opositor Orsi após votar no Uruguai

Governista Álvaro Delgado diz querer unidade nacional no Uruguai: "Presidente de todos"

Equipe de Trump já quer começar a trabalhar em 'acordo' sobre a Ucrânia