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Maioria dos americanos é contra espionagem a países aliados

Segundo pesquisa, 56% dos americanos consideram inaceitável que órgãos de inteligência espionem líderes de países aliados

Manifestante participa de protesto da organização Code Pink contra a espionagem americana, em Washington, em 29 de outubro de 2013 (Jim Watson/AFP)

Manifestante participa de protesto da organização Code Pink contra a espionagem americana, em Washington, em 29 de outubro de 2013 (Jim Watson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2013 às 22h31.

Washington - A maioria dos americanos (56%) considera inaceitável que órgãos de inteligência dos Estados Unidos espionem líderes de países aliados - de acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira.

De acordo com o Pew Research Center, a rejeição às denúncias de espionagem americana a líderes de países aliados se manifesta de forma equivalente nos principais partidos políticos e entre os independentes.

A pesquisa mostra que "57% dos republicanos, 53% dos democratas e 56% dos independentes afirmam que a prática é inaceitável".

Apenas 36% dos entrevistados consideram adequado interceptar comunicações de líderes aliados, enquanto 9% não souberam responder.

A enquete foi realizada após a explosão de um novo escândalo apoiado nas revelações por parte do ex-analista de Inteligência americano Edward Snowden. Segundo os últimos vazamentos na imprensa, os EUA teriam espionado as telecomunicações da chanceler alemã, Angela Merkel.

O escândalo foi de tal natureza que o governo alemão convocou o embaixador americano creditado em Berlim para obter explicações.

Já no mês passado, denúncias similares haviam motivado o cancelamento da visita de Estado que a presidente brasileira, Dilma Rousseff, faria aos Estados Unidos.

De acordo com as denúncias, a Inteligência americana também teria interceptado comunicações do presidente do México e milhões de chamadas telefônicas na França e Espanha.

Também com base nos documentos fornecidos por Edward Snowden, o jornal "New York Times" afirmou que um dos alvos constantes da Inteligência americana desde 2007 foi a Venezuela.

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