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EUA libertam agente cubano após mais de 15 anos na prisão

Fernando González, de 50 anos, ficou preso por mais de 15 anos por espionar exilados cubano-americanos em Miami

Crianças passam em frente a um cartaz com imagens dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos, durante evento em apoio aos agentes em Havana (Reuters)

Crianças passam em frente a um cartaz com imagens dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos, durante evento em apoio aos agentes em Havana (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2014 às 17h41.

Miami - Um agente de inteligência cubano que ficou preso por mais de 15 anos por espionar exilados cubano-americanos em Miami foi libertado de uma penitenciária no Arizona nesta quinta-feira, informou a Agência de Prisões Federais dos Estados Unidos.

Fernando González, de 50 anos, será deportado para Cuba logo que possível, disseram seu advogado e autoridades norte-americanas.

González foi preso pelo FBI em 1998, juntamente com outros quatro agentes cubanos. Todos foram condenados em 2001 por várias acusações de espionagem em favor de Cuba sob mandato do governo de Fidel Castro.

O caso dos "Cinco Cubanos" é considerado como um impedimento para melhorar as relações tensas entre os EUA e a ilha comunista, que estão separados apenas por 150 quilômetros de oceano.

"Tomamos todas as medidas para remover qualquer atraso processual e Fernando está esperando para voltar para sua família", disse o advogado de González, Richard Klugh, em um email.

O grupo de agentes, chamado de Avispa Roja (Vespa Vermelha), se infiltrou no movimento ativista Hermanos al Rescate (Irmãos ao Resgate) de Miami e tentou espionar instalações militares norte-americanas, enviando mensagens codificadas para Havana, sem muito sucesso, de acordo com a acusação.

Cuba considera que seus agentes são heróis e argumenta que foram injustamente condenados, porque estavam apenas coletando informações sobre grupos de exilados cubanos que supostamente planejavam ações de guerrilha contra a ilha.

González, também conhecido como Rubén Campa, foi condenado a 19 anos de prisão, pena que foi reduzida por um recurso em 2008 devido ao bom comportamento.

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