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EUA lembram 20 anos do atentado de Oklahoma

O atentado foi o ato terrorista mais mortífero em solo americano até então, uma marca superada seis anos depois pelos atentados do 11 de setembro de 2001


	EUA: centenas de pessoas se reuniram em frente ao monumento e ao museu erigido no lugar do ataque
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EUA: centenas de pessoas se reuniram em frente ao monumento e ao museu erigido no lugar do ataque (thinkstock)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 06h31.

Washington - Centenas de pessoas, entre elas o ex-presidente americano Bill Clinton, participaram neste domingo em Oklahoma City da cerimônia em memória às 168 vítimas do atentado que há 20 anos encheu de "agonia" a cidade e aproximou os Estados Unidos de uma ameaça, o terrorismo, que até então parecia distante.

O atentado de 19 de abril de 1995, quando um caminhão carregado com explosivos explodiu em frente ao edifício governamental Alfred P. Murrah, em Oklahoma City, deixando 168 mortos, foi o ato terrorista mais mortífero em solo americano até então, uma marca superada seis anos depois pelos atentados do 11 de setembro de 2001.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em comunicado que "a passagem do tempo nunca extinguirá a dor" causada pelo atentado.

"Mas se esses assassinos acreditaram que aterrorizar o povo americano, romper nosso ânimo ou os laços que nos unem, então fracassaram completamente", assinalou o presidente.

Centenas de pessoas, entre eles políticos como Clinton e a governadora de Oklahoma, Mary Fallin, se reuniram em frente ao monumento e ao museu erigido no lugar do ataque e guardaram 168 segundos de silêncio, um para cada uma das vítimas.

"Vim aqui hoje para agradecer" a responderem ao atentado e ajudarem os familiares das vítimas, disse Clinton, que era presidente quando aconteceu o atentado e assistiu seis vezes os atos celebrados na cidade.

Para se preparar para a cerimônia, Clinton visitou onde junto com sua esposa, Hillary, sua neta de sete meses.

"A olhei em seu berço para poder lembrar como vocês se sentiram, os que perderam a seus seres queridos", afirmou.

"Ainda há gente que de forma alguma acredita que pode enviar uma mensagem matando inocentes e apagando nossas esperanças, mas se equivocam, sempre que gente como vocês tomam as decisões corretas, com sua cabeça e seu coração", acrescentou Clinton.

O então governador de Oklahoma na época do ataque, Frank Keating, lembrou o ambiente na cidade nesse dia no qual "ocorreu o inimaginável".

"A agonia era persistente. Parecia que a agonia nunca ia a acabar", assinalou Keating.

O autor do atentado foi o simpatizante ultradireitista e contra o governo Timothy McVeigh, cidadão americano, que foi condenado à pena de morte e executado em junho de 2001, aos 32 anos, em uma prisão federal em Indiana.

Seu cúmplice, Terry Nichols, cumpre pena de prisão perpétua no Colorado, enquanto um terceiro homem, Michael Fortier, foi condenado a 12 anos de prisão por não alertar as autoridades das intenções de Mcveigh.

Mcveigh, ex-combatente da guerra do Golfo Pérsico, disse que cometeu o atentado em resposta à intervenção de agentes federais contra o rancho da seita dos Davidianos em Waco (Texas), em cujo incêndio morreram 83 pessoas em 19 de abril de 1993 após um sítio policial de 52 dias.

A enorme potência do explosivo, feito a base de adubos, destruiu ou danificou 312 edifícios em um raio de 16 quarteirões, destruiu 86 automóveis e causou danos avaliados em US$ 652 milhões.

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