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EUA lançam dezenas de mísseis contra base aérea na Síria

O ataque dos EUA acontece depois de um bombardeio com armas químicas na terça-feira em uma cidade ao norte da síria, no qual morreram mais de 70 pessoas.

Navio americano: é primeiro ataque direto americano contra o governo do presidente Bashar al Assad desde que começou a guerra civil nesse país (Murad Sezer/Reuters)

Navio americano: é primeiro ataque direto americano contra o governo do presidente Bashar al Assad desde que começou a guerra civil nesse país (Murad Sezer/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de abril de 2017 às 22h55.

Última atualização em 30 de maio de 2017 às 11h39.

São Paulo - Em resposta ao ataque químico na Síria, que deixou dezenas de mortos no começo da semana, os Estados Unidos bombardearam o país, na noite desta quinta-feira, de acordo com a Casa Branca. Esse foi o primeiro ataque americano direto na Síria durante o governo do presidente Donald Trump.

O ataque surpresa marca uma reviravolta para Trump, que durante sua campanha rejeitou a ideia de os EUA serem arrastados para a guerra civil daquele país.

Após o ataque químico que matou inclusive crianças, o presidente disse que o ocorrido era uma "desgraça para humanidade" e que "ultrapassou muitos limites".

Cerca de 60 mísseis Tomahawk disparados de navios de guerra no Mar Mediterrâneo miraram em uma base aérea síria, em retaliação ao ataque químico que Washington acredita ter sido conduzido pelo regime de Bashar al-Assad.

Trump não anunciou o ataque com antecedência, embora ele e outras autoridades de segurança nacional tenham aumentando os alertas contra o governo sírio ao longo desta quinta-feira.

O ataque acontece enquanto o republicano recebe o presidente chinês, Xi Jinping, em uma reunião em que devem discutir os lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte. As ações de Trump na Síria podem sinalizar à China que o novo presidente não tem medo de tomar medidas militares unilaterais.

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