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EUA lançam ataques aéreos contra Estado Islâmico na Líbia

Os ataques tiveram como alvo tanques e outros veículos do EI e são realizados em meio a crescentes preocupações sobre a crescente ameaça do grupo para a Europa


	Líbia: os ataques tiveram como alvo tanques e outros veículos do EI e são realizados em meio a crescentes preocupações sobre a crescente ameaça do grupo para a Europa
 (Goran Tomasevic / Reuters)

Líbia: os ataques tiveram como alvo tanques e outros veículos do EI e são realizados em meio a crescentes preocupações sobre a crescente ameaça do grupo para a Europa (Goran Tomasevic / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de agosto de 2016 às 14h59.

Washington - Os Estados Unidos lançaram ataques aéreos múltiplos contra militantes do Estado Islâmico na Líbia nesta quarta-feira.

Com isso, os EUA abrem uma frente nova, mais persistente, contra o grupo extremista, a pedido do governo apoiado pela Organização das Nações Unidas, segundo autoridades líbias e norte-americanas.

O diretor do conselho presidencial apoiado pela ONU, Fayez Sarraj, disse em declaração televisionada que aviões norte-americanos atacaram Sirte, cidade controlada pelo Estado Islâmico, no norte líbio. Nenhuma força em terra dos EUA será enviada à área, segundo Sarraj.

Os ataques tiveram como alvo tanques e outros veículos do Estado Islâmico e são realizados em meio a crescentes preocupações sobre a crescente ameaça do grupo para a Europa e sua capacidade de inspirar ataques.

Sarraj disse que o conselho presidencial fez um pedido por ataques aéreos específicos dos EUA. "Os primeiros ataques começaram hoje em posições em Sirte e causaram muitas mortes", disse ele, sem dar números específicos.

Os ataques marcam o início de um papel mais intenso dos EUA na luta contra o Estado Islâmico na Líbia, bem como de medidas dos EUA para auxiliar o frágil governo do país. Estes são os primeiros ataques dos EUA contra o Estado Islâmico na Líbia desde fevereiro.

Porta-voz do Pentágono, Peter Cook disse que o presidente Barack Obama autorizou os ataques, após receber recomendação do secretário de Defesa, Ash Carter, e do general Joseph Dunford. Segundo Cook, mais ataques devem ocorrer contra alvos do grupo em Sirte.

Autoridades dos EUA estimaram neste ano que havia até 6 mil insurgentes do Estado Islâmico na Líbia, entre eles alguns que abandonaram a Síria.

Nos últimos meses, porém, o número deles diminuiu e o grupo se enfraquece, sob pressão de milícias locais e do governo apoiado pela ONU.

Na semana passada, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que os combatentes do Estado Islâmico na Líbia enfrentam a "possibilidade direta" de derrota em seu último bastião.

O general Dunford estimou em meados de julho que havia apenas algumas centenas de militantes ainda dentro de Sirte, que o grupo usava como quartel-general.

A Líbia sofre com um quadro caótico após a deposição e morte do ditador Muamar Kadafi em 2011. O vácuo de poder levou à criação de várias milícias e militantes, entre eles o Estado Islâmico e rebeldes ligados à rede Al-Qaeda.

Desde 2014, a Líbia está dividida entre governos rivais, no leste e oeste do país, cada um apoiado por diferentes milícias e tribos.

A ONU impulsionou um acordo em dezembro para buscar a criação de um governo de união, mas o pacto prevê dois anos de um período de transição, para depois se votar uma proposta de Constituição e se realizar eleições presidenciais e parlamentares.

As milícias pró-governo, sobretudo da cidade de Misurata, têm lançado uma ofensiva contra o Estado Islâmico em Sirte desde maio. 

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