Mundo

EUA: Kadafi deve entregar o poder

Obama manifestou sua posição durante um telefonema à chanceler alemã, Angela Merkel

Na sexta-feira, Obama firmou um decreto congelando contas e propriedades de Kadhafi e de seus filhos nos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

Na sexta-feira, Obama firmou um decreto congelando contas e propriedades de Kadhafi e de seus filhos nos EUA (Chip Somodevilla/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2011 às 09h32.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse neste sábado que o líder líbio, Muammar Kadhafi, deve deixar o poder e "partir agora", já que perdeu a legitimidade para governar, informou a Casa Branca.

"O presidente disse que quando o único meio para um líder permanecer no poder é o uso da violência contra seu próprio povo, este líder perdeu a legimitidade para governar e precisa fazer o que é adequado: partir".

Obama manifestou sua posição durante um telefonema à chanceler alemã, Angela Merkel, destacou a Casa Branca.

O presidente Obama e Merkel "conversaram sobre as maneiras apropriadas e eficientes com as quais a comunidade internacional pode responder" à crise líbia.

"O presidente saudou os esforços em curso por parte de nossos aliados e sócios, da ONU e da União Europeia para desenvolver e aplicar medidas contundentes", revelou a Casa Branca.

Pouco depois do comunicado de Obama, a secretária americana de Estado, Hillary Clinton, disse que Kadhafi "perdeu a confiança do povo líbio, e deve partir sem mais derramamento de sangue e violência".

"O povo líbio merece um governo que responda a suas aspirações e que proteja os direitos humanos, reconhecidos universalmente".

Na sexta-feira, Obama firmou um decreto congelando contas e propriedades de Kadhafi e de seus quatro filhos nos Estados Unidos, afirmando que o regime líbio "violou as leis internacionais e a decência, e deve ser responsabilizado".

Já Clinton determinou a suspensão dos vistos de entrada nos EUA de vários dirigentes líbios e pessoas ligadas à repressão aos protestos.

"Estamos promovendo uma série de passos rápidos para que o governo líbio preste contas por suas violações dos direitos humanos, e para obter uma resposta forte da comunidade internacional", disse a secretária de Estado.

Paralelamente, o Conselho de Segurança das Nações Unidas analisava hoje uma série de medidas contra o regime líbio, incluindo acusar o coronel Kadhafi por crimes contra a humanidade na Corte Penal Internacional (CPI)

O projeto de resolução discutido no momento prevê ainda o embargo sobre a venda de armas à Líbia, a proibição de viagens do coronel Kadhafi e o congelamento dos bens do líder líbio, de seus familiares e de vários comandantes militares e ministros do atual regime.

O texto determina ainda a adoção de medidas "para garantir uma assistência humanitária rápida e segura aos necessitados".

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaBarack ObamaEstados Unidos (EUA)LíbiaOriente MédioPaíses ricosPersonalidadesPolíticos

Mais de Mundo

Smartphones podem explodir em série como os pagers no Líbano?

ONU diz que risco de desintegração do Estado de Direito na Venezuela é muito alto

Quem é Ibrahim Aqil, comandante do Hezbollah morto em ataque de Israel a Beirute

Portugal diz ter controlado todos os incêndios que se espalharam pelo país esta semana