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EUA irão sobrevoar a Síria para vigiar Estado Islâmico

Os voos de reconhecimento serão realizados com uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas "drones" (aviões não tripulados) e outros aviões especiais


	Barack Obama: governo dos EUA "não tem a intenção" de notificar Bashar al Assad sobre estes voos
 (Larry Downing/Reuters)

Barack Obama: governo dos EUA "não tem a intenção" de notificar Bashar al Assad sobre estes voos (Larry Downing/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 07h17.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou neste fim de semana o início de voos de reconhecimento sobre a Síria como possível passo prévio a futuros ataques contra os jihadistas do Estado Islâmico (EI), informaram nesta segunda-feira fontes oficiais ao "New York Times" e à "CNN".

Os voos de reconhecimento serão realizados com uma combinação de diferentes aeronaves, entre elas "drones" (aviões não tripulados) e outros aviões especiais, explicaram fontes do Departamento de Defesa ao "NYT". Os voos podem começar "a qualquer momento", segundo fontes oficiais consultadas pela "CNN".

De acordo com o jornal, estes voos de reconhecimento são a antessala de potenciais ataques aéreos sobre posições do EI na Síria, um avanço em relação aos bombardeios seletivos que há duas semanas os Estados Unidos fazem no norte do Iraque contra os jihadistas.

"Os voos são uma passagem significativa rumo à ação militar direta dos Estados Unidos na Síria, uma intervenção que poderia alterar o campo de batalha na guerra civil de três anos na nação", relataram as fontes do Pentágono.

Segundo as mesmas fontes, a Administração Obama "não tem a intenção" de notificar o governo de Bashar al Assad sobre estes voos de reconhecimento.

Nesta segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, deixou claro que o governo de Bashar al Assad permitirá que os Estados Unidos ataquem os jihadistas dentro de suas fronteiras sempre e quando for "em coordenação prévia" com suas autoridades.

Os voos de reconhecimento não representariam a primeira entrada dos Estados Unidos no espaço aéreo sírio sem pedir permissão, já que em julho um grupo especial de forças americanas realizou uma operação de resgate frustrada para libertar reféns do EI, incluído o jornalista James Foley, cuja morte foi divulgada pelo grupo jihadista na semana passada.

O Pentágono explicou em entrevista coletiva, antes da divulgação dos voos de reconhecimento, que prepara possíveis ações adicionais para combater o EI tanto no Iraque como em território sírio.

O Pentágono estuda esta opção "com uma variedade de ferramentas militares que incluem os ataques aéreos", disse o coronel Ed Thomas.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Martin Dempsey, já advertiu na semana passada que a derrota dos jihadistas requer uma estratégia de longo prazo, pois considera impossível acabar com eles as posições em solo sírio não forem atacadas, porque são mais fortes. EFE

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