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EUA interrogarão viúvas de Osama se tiverem "permissão" dos países de origem

Mulheres estão sob custódia do governo paquistanês e americanos devem pedir permissão para obter depoimentos

Filhos e filhas de Bin Laden também estão presos no Paquistão (AFP)

Filhos e filhas de Bin Laden também estão presos no Paquistão (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2011 às 07h09.

Islamabad - O serviço secreto do Paquistão (ISI) qualificou nesta quinta-feira de "delito" a operação americana para matar Osama bin Laden, e indicaram que os Estados Unidos poderão interrogar as três viúvas do líder da Al Qaeda se seus países de origem permitirem.

Em declarações à Agência Efe, um alto cargo do ISI manifestou que os EUA estão "enviando mensagens através da imprensa" e disse que não foi recebida uma solicitação formal americana para interrogar as três viúvas de Bin Laden que permanecem sob custódia paquistanesa.

"Se os EUA fizerem isso, o procedimento que temos é pedir permissão aos países de origem. Se derem permissão, eles terão acesso", explicou a fonte.

Consultada pela Efe, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores paquistanês, Tehmina Janjua, assegurou que seu Governo ainda não recebeu esta solicitação.

A fonte do ISI confirmou que o Paquistão tem sob sua custódia três viúvas de Bin Laden, sendo uma delas iemenita, e não confirmou que as outras duas sejam sauditas, como é especulado na imprensa.

Na casa de Bin Laden, situada na cidade de Abbottabad, nas cercanias de Islamabad, os paquistaneses encontraram ainda entre nove e 11 menores de idade que seguem sob custódia, "a maioria filhos e filhas" do líder da Al Qaeda, informou a fonte.

O alto cargo do ISI confirmou que uma das filhas de Bin Laden, que tem entre 12 e 13 anos, viu o pai morrer, mas evitou taxar o caso de assassinato a sangue frio.

"Não posso fazer comentários sobre isto", disse a fonte, que, por outro lado, não teve problemas em definir como "delito" a operação americana para matar Bin Laden em território paquistanês, em particular a violação da soberania de seu país.

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